A Escuta de amor na escrita da dor: narrativa autobiográfica como processo catártico
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1321 |
Resumo: | Este trabalho foi realizado por meio de uma Pesquisa Bibliográfica e Documental, de natureza exploratória, através de uma revisão teórica, respaldada em um diálogo entre as abordagens Sistêmica, Sócio-Histórica e Psicanalítica visando desenvolver uma reflexão sobre o papel das narrativas autobiográficas, como processo catártico, para os sujeitos automutiladores. Com a constatação de que havia uma interlocução entre discentes e docente, realizada por meio de autonarrativas, produzidas pelos alunos e endereçadas à Professora, surgiu a pergunta mote da pesquisa: Qual o papel das narrativas autobiográficas como processo catártico para o sujeito automutilador? Após essa etapa, objetivando responder à questão-problema, buscamos verificar como a escrita de si poderia atuar como processo catártico, proporcionando a reelaboração das dores e conflitos internalizados pelos sujeitos automutiladores. Para isso, procedemos com a revisão bibliográfica sobre automutilação e acerca de como o sujeito se apropria da linguagem escrita, segundo a psicologia histórico-cultural, a fim de identificarmos o papel da escrita de si no processo de ressignificação dos traumas sofridos pelo sujeito. A seguir, registramos a estreita relação sistêmica entre microssistema, mesossistema e macrossistema e o comportamento social ajustado da pessoa. Fizemos um rigoroso levantamento bibliográfico objetivando construir um diálogo entre os autores que se propuseram a estudar o processo catártico por meio da escrita. Elucidamos, então, a relação estabelecida entre a escrita de si como projeção do eu e os eventos traumáticos, histórias de vida íntimas desse sujeito, na medida em que constatamos o papel da narrativa autobiográfica como processo catártico das histórias de vida do sujeito automutilador. Como resultado, pudemos constatar o quão valioso é o papel da escrita de si, seja em linguagem verbal ou uma variante dela, manifestada por meio de cortes no corpo, como forma de expressão dos sentimentos, dores e angústias inconscientes dos sujeitos automutiladores. Por fim, apontamos para o aspecto da função catártica da autobiografia para externar os conflitos e reelaborá-los por meio da escrita. |