Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Albino, Jacqueline |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-04112015-153554/
|
Resumo: |
A planície costeira do litoral centro-norte do Estado do Espírito Santo apresenta um setor com bom desenvolvimento dos depósitos quaternários, correspondente à planície deltaica do rio Doce, e outro setor com estreita faixa de sedimentos quaternários limitada pelas falésias da Formação Barreiras. Os estudos sobre a granulometria dos sedimentos de fundo dos rios que desembocam no litoral, a morfologia e a sedimentologia da plataforma continental interna adjacente, bem como as variações topográficas, sedimentológicas e energéticas das praias por um ano revelaram que as praias possuem diferentes fontes de sedimentos e são submetidas a processos hidrodinâmicos distintos. As praias associadas à planície deltaica do rio Doce são volumosas devido ao abundante aporte terrígeno de areias litoclásticas e à deposição de sedimentos fluviais e marinhos favorecida pelo efeito de molhe exercido pela foz do rio Doce. A alta declividade plataforma permite a entrada de ondas de alta energia promovendo eficiente transporte e distribuição de sedimentos, ao longo e perpendicularmente a costa, e causa alterações topográficas sazonais dos perfis praias. As praias apresentam tipologias refletivas a intermediárias, com tendência à construção. As praias situadas defronte aos tabuleiros da Formação Barreiras são constituídas por areias mistas (fragmentos de quartzo e biodetritos). A principal fonte das areias bioclásticas marinhas são as construções carbonáticas biogenéticas,que revestem as couraças lateríticas da plataforma continental interna, que são arrancadas e fragmentadas pelas ondas. As areias bioclásticas são compostas predominantemente por fragmentos de algas coralinas, moluscos e briozoários. As couraças ferruginosas da plataforma continental interna e da antepraia dissipam a energia das ondas e consequentemente as praias adquirem caracterísiticas dissipativas e intermediárias. A diferenciação entre estes tipos é determinada pela disposição das couraças na antepraia e pelas diversidades das areias mistas das praias, que desenvolvem processos hidrodinâmicos limitados a pequenos trechos praiais. A escassez de sedimentos bioclásticos nas planícies costeiras situadas defronte às falésias marinhas da Formação Barreiras talvez possa ser explicada pela suscetibilidade maior dos bioclastos à desintegração e dissolução pelas ondas. |