Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mazotti, Marcelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-28082020-005548/
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Resumo: |
A presente tese tem por objetivo a realização de um estudo comparado do direito à educação no Brasil e nos Estados Unidos da América, com destaque para a distribuição de competências entre os entes federados, a regulamentação dos sistemas de ensino e o papel do Poder Judiciário na interpretação e efetivação de tal direito. No primeiro capítulo, será feita uma reflexão conceitual de educação e de direito à educação, assim como analisaremos a necessidade de ampliação dos estudos de tal matéria nas Faculdades de Direito brasileiras. No segundo capítulo, será avaliada a positivação do direito à educação na Constituição brasileira, seguida de uma análise crítica da legislação. Na sequência, serão abordadas as razões pelas quais a Constituição Federal dos EUA não contempla expressamente esse direito, assim como a decisão da Suprema Corte quanto à inexistência de um direito fundamental implícito à educação (caso San Antonio Independent School District v. Rodriguez). No tocante à distribuição de competências educacionais, será visto que Brasil apresenta uma centralização legislativa na União que acarreta em uniformidade nacional e pouca autonomia dos demais entes (Estados, Municípios e o DF), bem como foi estipulada a competência material comum com divisão de tarefas não exclusivas e mecanismos de cooperação. Nos EUA, por outro lado, a educação é considerada matéria de competência dos Estados, o que gera maior autonomia, diversidade de sistemas de ensino e predominância de local control. No terceiro capítulo será feito um estudo comparado entre os níveis de ensino, a gratuidade e obrigatoriedade escolares. O tema do homeschooling será tratado na jurisprudência de ambos os países, em especial, nos casos Prince v. Massachusetts e Wisconsin v. Yoder nos EUA e, no Brasil, na Repercussão Geral no RE 888.815 (STF) e no MS 7.407 no STJ. Quanto a judicialização por vagas em creche, será estudada a posição dos Tribunais Superiores brasileiros e a ausência de litigância similar no EUA. Por fim, o último capítulo avaliará o financiamento educacional no Brasil, sua complexidade e diversidade de receitas. No que tange aos Estados Unidos, será feita uma macro-avaliação das principais fontes de recursos, assim como do problema da desigualdade de financiamento inter-escolar e os reflexos do caso San Antonio. |