Condutas de saúde e sua relação com uso de álcool e outras drogas em estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria Claudia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-20072016-084007/
Resumo: Estudos recentes descrevem o aumento da adoção de condutas de saúde negativas, apontando na população jovem a maior tendência em seguir um estilo de vida \"pouco saudável\". Dentre estas condutas de saúde negativas, temos o consumo excessivo de álcool, tabaco e outras drogas considerado como um hábito não saudável de vida. Neste cenário, temos a população universitária exposta a situações de risco e vulnerabilidades, bem como uma maior exposição, ou muitas vezes busca, a substâncias psicoativas. Diante disto, o objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil e a inter-relação de condutas de saúde em estudantes universitários de graduação, da área da saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), descrever o perfil de condutas de saúde destes e avaliar a associação entre condutas de saúde e uso de álcool, tabaco e outras drogas, e suas possíveis diferenças de gênero. Participaram do estudo 508 estudantes universitários dos sete cursos de graduação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os estudantes preencheram um conjunto de questionários estruturados e autoaplicáveis. Os resultados das escalas foram cotados de acordo com suas proposições técnicas e, em seguida, procedeu-se ao tratamento estatístico dos dados. Como resultados, verificou-se uma distribuição amostral de 179 homens e 329 mulheres, com média etária dos participantes de 21,9 anos (dp = 1,99; 18- 30). Houve predominância de estudantes da cor branca (91,8%), solteiros (97,5%), com renda entre 1500,00 a 5000,00 reais (48%). A maioria dos participantes relatou apresentar boa saúde (91,3%), com prática regular de atividade física (39,7%). Quanto ao consumo de álcool, 43,7% dos participantes responderam terem consumido álcool, sendo que o padrão de binge drinking foi praticado por mais da metade dos estudantes da amostra (59,2%). Quanto ao consumo de tabaco pelos universitários, a maioria dos estudantes apontou não fumarem atualmente, diante de uma parcela de 9,4% da amostra que apresentam esta conduta. Em relação ao consumo de outras substâncias psicoativas, apesar do baixo padrão geral, uma parcela dos estudantes da amostra apresentaram consumo de outras substâncias, com destaque para os inalantes e a maconha. Neste estudo, não se encontram valores de correlação indicativos de correlação forte ou moderada, mas foram encontrados valores de correlação fraca, com significância estatística para as seguintes variáveis: consumo de álcool e a prática de atividade física (rho = 0,137; p = 0,003); consumo de álcool e autocuidado (rho = 0,093; p = 0,044); consumo de álcool e o comportamento de controle alimentar (rho = 0,128; p = 0,005); consumo de álcool e o consumo de tabaco (rho = 0,125; p = 0,007); comportamento de binge drinking e o consumo de tabaco (rho = 0,141; p = 0,002); consumo de tabaco e condutas de controle alimentar (rho = 0,146; p = 0,001); e o consumo de tabaco e a insatisfação com o corpo (rho = 0,122; p = 0,007). Os resultados obtidos por este estudo poderão subsidiar a elaboração de medidas de prevenção e promoção de saúde na população universitária, através da implantação de, por exemplo, programas como treinos de habilidades sociais e de intervenções breves específicos a esta população, visando uma possibilidade de proporcionar maior compreensão, reflexão e sensibilização das próprias condutas de saúde e futura atuação, no caso, como profissionais promotores de saúde