Estado nutricional, satisfação e percepção corporal em funcionários do Campus de Ribeirão Preto - USP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bueno, Julia Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-01042009-113240/
Resumo: A obesidade é considerada uma doença crônica cujo aumento da prevalência nas últimas décadas tem determinado importantes implicações para a definição de prioridades e estratégias de ação na área de saúde pública. Sua abordagem deve incluir não somente os aspectos orgânicos relacionados à etiologia e terapêutica, como também os fatores psicológicos principalmente aqueles relacionados à imagem corporal. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e investigar a percepção e satisfação corporal em funcionários da Prefeitura do Campus Administrativo de Ribeirão Preto-USP. Para tanto, foram avaliados 209 sujeitos de ambos os sexos, que responderam a um questionário auto-aplicável com questões sócio-demográficas, de auto-avaliação corporal, sobre a necessidade e desejo de perder peso, além de outras relacionadas ao conhecimento e interesse por um programa de reeducação alimentar (PRAUSP-EERP). Foram coletadas medidas de peso, estatura e circunferência da cintura, além da utilização da Escala de Figuras de Silhuetas para avaliação da imagem corporal. Como resultados, em médias, encontrou-se que a idade dos participantes era de 45 anos, com predominância do sexo masculino (75,6%). A maioria deles era casada ou tinha união estável e o ensino médio completo como escolaridade mínima. Quase metade deles tinha renda familiar mensal de cinco salários mínimos. O IMC Real, calculado pelo peso e estatura, foi 27,7 Kg/m2, sendo que 44,5% dos sujeitos apresentavam sobrepeso e 27,2% obesidade. A circunferência da cintura foi de 97,1cm, sendo que apenas um terço dos indivíduos encontrava-se com valores aceitáveis desse parâmetro. Essa mesma proporção da amostra se sentia gordo e com algum grau de insatisfação com o peso atual. No entanto, a maioria gostaria de pesar menos do que pesava na época do estudo; 70,8% achavam que tinha a necessidade de perder peso e 73,2% apresentavam vontade para isso. O IMC relativo à escolha da silhueta atual foi 28,6 Kg/m2 e o da silhueta escolhida como desejada foi 23,4 Kg/m2. Em relação à percepção corporal, existiu diferença significativa entre as médias de IMC Real e Atual, sugerindo uma possível distorção da imagem corporal nesses indivíduos, principalmente nas mulheres. Os mesmos resultados foram encontrados em relação à satisfação corporal quando comparados o IMC Atual e Desejado, porém com diferença para ambos os sexos. Mais da metade dos sujeitos já tinha ouvido falar do PRAUSP-EERP e demonstraram interesse em participar do mesmo (67,9% e 61,2%, respectivamente). Concluiu-se que esta população apresentou alta prevalência de excesso de peso e risco de complicações metabólicas associadas à obesidade e, além disso, superestimaram o peso corporal e mostraram-se insatisfeitos com a imagem que tinham de si mesmos. Esses resultados apontam para uma situação bastante preocupante, tornando-se de fundamental importância o planejamento de estratégias de ação relacionadas à prevenção e tratamento da obesidade.