Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castillo, Juan Enrique Faya |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/95/95131/tde-12092019-114851/
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Resumo: |
A fosforilação de proteínas realizada pelas Proteínas-Quinases (PKs) é uma das modificações pós-transducional mais comuns envolvidas em muitos processos fisiológicos e patológicos. Um dos passos mais importantes na reação catalítica das PKs com o substrato é o posicionamento correto do resíduo alvo (serina, treonina ou tirosina), o sítio-P, no sítio ativo. Este processo é mediado por regiões encontradas no sítio de ligação do substrato, uma fenda pouco profunda que tem sub-bolsões críticos especialmente formados para ancorar aminoácidos distantes do sítio-P do substrato, aqui denominados âncoras. Nesse contexto, um mecanismo tem sido constantemente descrito e aceito como essencial para a coordenação de quinases e proteína-substrato o chamado consenso linear de fosforilação, isto é, aminoácidos conservados em posições específicas na estrutura primária da proteína ao redor do sítio-P (P-2 e P-3), que ajudam a ancorar a proteína-substrato nas PKs. Neste trabalho, foi testada e corroborada a hipótese de que, para que os aminoácidos nas posições P-2 ou P-3 cumpram um papel de âncoras lineares e o sítio de fosforilação seja fosforilado, mudanças estruturais locais devem ocorrer antes da fosforilação. Para essa avaliação, utilizando substratos de Quinases (PKA e PKC), foi constatado que as α-hélice são um bom alvo de estudo por apresentarem sítios P com maior disposição para a fosforilação do que outras estruturas secundárias dentro de nosso conjunto de dados. Para confirmar que neste tipo de estrutura secundária, relativamente rígida e bem definida espacialmente, ocorrem rearranjos estruturais pré-fosforilação, foram usadas ferramentas de biologia computacional estrutural como modelagem por homologia, dinâmicas Coarse Grained e All Atom, e Docking Molecular. Os resultados revelam que os rearranjos conformacionais que permitem que P-2 e P-3 sejam possíveis âncoras são mais ou menos substanciais dependendo da posição do sítio P dentro da α-hélice. Se o sítio P se encontrar na região N-terminal (nas duas primeiras voltas ou perto delas), α-hélice não sofrerá mudanças conformacionais substanciais, diferente de quando ele se encontra em outra posição dentro da α-hélice. Neste trabalho buscamos entender como pré-eventos de processos de modificação pós-traducional são dependentes da estrutura local de proteínas, e como esses eventos podem levar a alterações temporárias nestas estruturas, contribuindo para aprofundar os conhecimentos gerais na área de fosforilação. |