Exportação concluída — 

Prevalência da Comorbidade entre Transtornos Mentais Graves e Transtornos Devido ao Uso de Substâncias Psicoativas em São Paulo, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ratto, Lilian Ribeiro Caldas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02072004-163541/
Resumo: OBJETIVOS: O presente estudo visou estimar a prevalência da comorbidade entre transtornos mentais graves e o abuso de substâncias psicoativas, e estudar os fatores associados a essa comorbidade, em pacientes com transtornos mentais graves residentes em São Paulo. MÉTODO: O estudo teve desenho de corte transversal. Vinte serviços de saúde mental (emergências, hospitais psiquiátricos e ambulatórios) foram pesquisados, a fim de identificar todos os pacientes com idade entre 18 e 65 anos, com diagnóstico clínico de transtorno mental grave, que fossem residentes em um dos 7 distritos administrativos escolhidos para o estudo e que tiveram ao menos um contato com o serviço de saúde no período entre 1/9/1997 e 30/11/1997. Os pacientes incluídos foram avaliados quanto a sintomas psiquiátricos, ajustamento social, uso de álcool e uso de substâncias psicoativas, utilizando-se instrumentos padronizados. RESULTADOS: Dos 620 pacientes identificados, 404 foram aleatoriamente selecionados para serem entrevistados. Foi possível entrevistar diretamente 192 (47,9%) indivíduos. A prevalência de comorbidade nos últimos 12 meses foi de 10,4% (I.C. 95%: 6.5 a 15.6), sendo 7,3% para abuso de álcool e 4,7% para abuso de drogas ilícitas, e mostrou-se maior entre homens, entre migrantes, entre indivíduos separados/divorciados, em indivíduos com 12 ou mais anos de escolaridade, e em indivíduos com o diagnóstico de transtornos do espectro da esquizofrenia. A presença de sintomas negativos de esquizofrenia foi significativamente menor entre os indivíduos que receberam o diagnóstico de abuso de substâncias psicoativas. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem que na população estudada a prevalência de transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas é mais baixa do que as prevalências encontradas em outros estudos, realizados nos EUA e Europa. Essa discrepância de resultados pode ser devida a diversos fatores, incluindo o consumo de substâncias pela população geral na qual estão os sujeitos investigados, o ambiente social onde esses sujeito vivem e aspectos culturais relacionados ao consumo de substâncias.