Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Luciana Pacheco Trindade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-17082017-142038/
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo analisar o diferencial de rendimentos entre os setores de serviços e de indústria no Brasil, nos anos de 2004, 2009 e 2014. As informações foram obtidas a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) desses anos. A hipótese central deste estudo é de que existe uma massa de trabalhadores sendo melhor remunerada no setor de serviços vis-à-vis o setor industrial, a qual vai contra a tese de que é na indústria onde estariam as profissões com maior valor agregado. A pesquisa também procura contribuir para a literatura acerca do setor de serviços, considerada escassa devido à heterogeneidade desse setor. Em primeiro momento, procura-se analisar o hiato salarial entre os setores através da decomposição proposta por Oaxaca (1973) e Blinder (1973). Após, utiliza-se o método de regressão RIF (Recentered Influence Function) de Firpo et al. (2007) com o objetivo de se obter estimativas por quantis de renda. Uma análise preliminar da distribuição da massa de salários entre esses dois setores revelou que o setor de serviços se encontra um pouco mais a direita na curva de distribuição, indicando que esse setor possui um número de expressivo de trabalhadores recebendo salários maiores daqueles da indústria. Constatou-se, também, que na decomposição salarial pela média o hiato salarial se mantém favorável aos trabalhadores do setor de serviços nos três anos analisados. No entanto, esse diferencial revelou-se maior em 2004. Apesar disso, a decomposição por quantis indicou que o diferencial de renda entre os setores se mantém favorável ao setor de serviços somente para os 75º e 90º quantis, contudo, as diferenças observadas nesses quantis se revelaram decrescentes na década analisada. O sinal negativo do efeito composição nos quantis que o setor de serviços remunera melhor indicou que os indivíduos empregados nesse setor possuem características mais produtivas relacionadas ao mercado de trabalho comparado ao setor de indústria. Já o sinal do efeito estrutura sinalizou que os retornos das características dos trabalhadores do setor de indústria foram menores que o retorno adquirido pelo outro setor. Nos demais quantis de renda, o setor de indústria foi o responsável por remunerar melhor os trabalhadores. Somente o 25º quantil apresentou crescimento do hiato nesse período. Para ambos os setores, ramos de alta tecnologia remuneram melhor para todos os quantis. |