Estado nutricional de órfãos por aids ou homicídios residentes no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bronhara, Bruna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-31082009-133600/
Resumo: Introdução A orfandade pode trazer conseqüências importantes para as condições de vida das crianças. Na África subsaariana, por exemplo, órfãos tem apresentado maiores riscos de desnutrição em relação aos não-órfãos. No Brasil, não há relatos sobre as relações entre variáveis relacionadas à orfandade e o estado nutricional de crianças. Objetivos Avaliar o estado nutricional de órfãos por aids ou homicídios residentes em São Paulo e estimar a associação de índices nutricionais com variáveis relacionadas à orfandade. Métodos - Estudo transversal de base domiciliar que utilizou amostra representativa de 484 indivíduos de 5 a 14 anos que perderam um ou ambos os pais durante os anos de 2000 e 2004 devido à aids ou homicídios no município de São Paulo. A avaliação nutricional foi feita com o índice de massa corporal-para-idade e da altura-para-idade. A associação entre índices nutricionais e variáveis relacionadas à orfandade foi estimada em análise hierárquica, com uso de modelo de regressão linear múltiplo. Resultados Órfãos por aids ou homicídios diferiram quanto às características da orfandade e à idade média. As condições econômicas, domiciliares, o estado de saúde e o estado nutricional foram semelhantes entre os grupos. O déficit de IMC ocorreu em 1,3 por cento das crianças abaixo de 10 anos e em 2,1 por cento dos adolescentes. O déficit de altura ocorreu em 0,7 por cento das vii crianças e em 4,0 por cento dos adolescentes. O excesso de peso ocorreu em 19 por cento e 20 por cento das crianças e adolescentes, respectivamente. A análise hierárquica indicou ausência de efeito das variáveis relacionadas à orfandade sobre o IMC ou a altura; o principal determinante do estado nutricional foi de natureza econômica. Conclusão Órfãos por aids ou homicídios de São Paulo apresentaram estado nutricional semelhante e majoritariamente influenciado pela situação econômica. O perfil nutricional identificado no grupo, caracterizado pelo excesso de peso, sugere que órfãos de São Paulo não apresentam riscos adicionais decorrentes da orfandade.