Avaliação da eficácia da injeção de ropivacaína nos músculos escalenos anterior e médio guiado por ultrassonografia no tratamento da síndrome do desfiladeiro torácico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rached, Roberto Del Valhe Abi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-17042019-083947/
Resumo: Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) abrange manifestações nervosas e/ou vasculares. Pode haver dor e/ou parestesia em braço, antebraço e mão mesmo em repouso, assim como sensação de dormência, força diminuída ou dificuldades durante atividades com elevação dos braços mesmo com exame eletrofisiológico negativo, forma neurológica não verdadeira. Na intenção do aprimoramento da técnica, tem se usado ultrassom na infiltração muscular. Objetivo: avaliar a eficácia da injeção de ropivacaína 0,375% nas doses de 2,5ml em cada ventre dos músculos escalenos anterior e médio, guiado por ultrassonografia, no tratamento da Síndrome do desfiladeiro torácico neurogênico inespecífico através dos protocolo de funcionalidade DASH - DISABILITIES OF THE ARM, SHOULDER, AND HAND e EVA ou VAS - escala visual analógica comparado com o toque cutâneo com mesmo conjunto seringa-agulha nos mesmos pontos de acesso de onde seria a injeção. Método: ensaio clínico, controlado por placebo, aleatorizado, duplo cego, com dois braços paralelos. Os dados clínicos foram coletados por meio de um protocolo padronizado. Foram incluídos nesse estudo sujeitos com diagnóstico de Síndrome do Desfiladeiro Torácico Neurogênico inespecífico, que contemplaram os critérios de inclusão com dor em membros superiores e/ou cervicalgia sem radiculopatia ou comprometimento neurológico do membro em questão por causas radiculares compressivas ou encefálicas. O desfecho primário foi a funcionalidade avaliada pela escala Disabilitie of the Arm, Shoulder and Hand - DASH validada no Brasil e a melhora da dor, mensurada através da Escala Visual Analógica - EVA. O tempo das avaliações foram T0= antes da intervenção; T1= imediatamente após, T2= 1 semana, T3=4 semanas e T4= 12 semanas, sendo que para o T1 não foi aplicado o DASH. Resultados: o total de pacientes foram 38, sendo 19 no grupo controle (CT) e 19 no grupo intervenção (INT). Os pacientes e os controles foram comparáveis com relação as variáveis idade, gênero, escolaridade, índice de massa corporal (IMC), atividade física, tabagismo, doenças crônicas associadas (p > 0,05). Com relação ao DASH, de forma estatisticamente significante (p > 0,05), é possível afirmar que o grupo intervenção apresentou melhora da funcionalidade a partir de 4 semanas e essa melhora se manteve, até a décima segunda semana. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos CT e INT, quanto a escala VAS nos 5 momentos avaliados (VAS inicial grupo total p < 0,001). Conclusão: Em termos práticos conclui-se que injeção de ropivacaína 0,375% nas doses de 2,5ml em cada ventre dos músculos escalenos anterior e médio, guiado por ultrassonografia, no tratamento da Síndrome do desfiladeiro torácico neurogênico inespecífico auxilia na melhora da função entretanto, em relação a melhora da dor não há diferença entre os grupos