Avaliação da resposta imune induzida por células dendríticas previamente ativadas com agonistas das vias TLR-2 e TLR-9 na Cromoblastomicose experimental (OU) Avaliação da resposta imune induzida por células dendríticas previamente ativadas por Fonsecaea pedrosoi e agonistas das vias de TLR-2 e TLR-9 na Cromoblastomicose experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paulo, Larissa Neves Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9142/tde-05082021-113550/
Resumo: A cromoblastomicose é uma doença subcutânea de alta incidência, considerada um desafio por muitos profissionais, pelo fato de não possuir tratamento eficiente, nem profilático. Um dos agentes causadores dessa doença é o fungo Fonsecaea pedrosoi. Devido à cronicidade, os mecanismos de escape do fungo, componentes de parede entre outros aspectos, na infecção as taxas de cura são baixas de uma forma geral. A CBM apresenta-se na região podal, e com menor frequência em mãos e braços. Observa-se a presença de lesão papular de superfície lisa e eritematosa que gradualmente aumenta de tamanho e se torna descamativa. Os mecanismos imunológicos envolvidos na prevenção e controle da infecção por F. pedrosoi ainda são desconhecidos. Alguns estudos têm focado na interação fungo-hospedeiro, mostrando que a ativação da resposta imune celular do tipo Th1, é a mais importante no controle da infecção. Nos últimos anos, vários aspectos da biologia de células dendríticas foram esclarecidos e com isso, novas estratégias de tratamento e vacinação utilizando-se essas células têm sido empregadas. O racional para o uso de células dendríticas como o ponto principal para o desenvolvimento de estratégias de vacinação e imunoterapia, baseia-se nas propriedades biológicas dessas células, de possuir os processos de captura, processamento e apresentação de antígenos a linfócitos T \"naive\", que são altamente eficientes, resultando em uma resposta imune específica, interagindo o sistema imune inato e adaptativo. Considerando a epidemiologia da cromoblastomicose no Brasil e o desconhecimento da relação parasito-hospedeiro, propomos estudar a interação de células dendríticas frente aos conídios de F. pedrosoi, desenvolvendo uma estratégia de vacinação baseada nas propriedades dessas células, interagidas com agonistas de via TLR e pulsadas com o fungo. Nossos experimentos mostraram que o agonista de via TLR2 (Pam3CSK4) induziu no curso da infecção, um aumento significativo de células B e células T de perfil fenotípico CD4+ e CD8+, assim como a citocina pró-inflamatória IL-17. Esses resultados indicam que, as células dendríticas previamente ativadas com agonitas de TLR2, podem ser promissoras no processo de vacinação na CBM experimental, porém mais estudos são necessários para uma melhor compreensão dos mecanismos efetores dessa resposta imunológica.