Dosimetria em tomografia computadorizada de feixe cônico odontológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mauro, Rodrigo Antonio Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-21112017-193930/
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram caracterizar os níveis de referência de radiodiagnóstico para a tomografia computadorizada de feixe cônico odontológica e as características de desempenho dos equipamentos como quilovoltaqgem de pico, rendimento, camada semirredutora, etc., com o intuito de conhecer os níveis dosimétricos em que os pacientes estão expostos, permitindo assim identificar protocolos de aquisição de imagem mais adequados, levando-se em consideração os princípios de radioproteção, e também testar a capacidade de tais equipamentos em alcançar uma imagem de qualidade. A Cone Beam Computed Tomography tem se tornado ferramenta extremamente útil na utilização em procedimentos radiológicos na área odontológica, pois, a riqueza de informações que a imagem 3D trás para o planejamento cirúrgico ou em qualquer procedimento, minimiza as possibilidades de erros, possibilita diagnósticos mais confiáveis e claros, tendo influência direta no resultado final esperado pelo paciente. Por se tratar de uma técnica de imagem que utiliza radiação ionizante, deve-se ter uma atenção criteriosa voltada para os níveis de radiação, além de implementar uma rotina de controle de qualidade. O parâmetro dosimétrico mais utilizado em tomografia computadorizada é o Computed Tomography Dose Index, porém, quando aplicado à tomografia odontológica, a geometria cônica do feixe e ainda a extensão do campo de visão tornam essa grandeza inviável e enganosa, assim, faz-se necessária a padronização de uma grandeza dosimétrica mais otimizada, para evitar a subestimação dos níveis de dose em feixes de ampla abrangência. O PKA tem sido utilizado como uma possível grandeza dosimétrica em tomografia odontológica, uma vez que em sua metodologia de medida, todo o feixe é englobado pelo medidor, não depende da distância fonte - detector, além de ser sensível aos parâmetros de exposição. Diante disso, propõe-se o PKA ser utilizado para estabelecimento dos níveis de dose de referência em diagnóstico odontológico. Os valores PKA obtidos para este estudo estão em uma faixa entre 34,6 mGy.cm^2 e 2901,6 mGy.cm^2, com valor médio de 980,7 mGy.cm^2. Os valores encontrados para os níveis de referência de radiodiagnóstico calculados a partir do 3º quartil estão divididos em três classes referentes ao tamanho do campo de visão, onde para campos pequenos, médios e grandes os valores são 1241 mGy.cm^2, 1521 mGy.cm^2 e 1408 mGy.cm^2 respectivamente, e 1446 mGy.cm^2 é o valor global independente do campo de visão. Os testes de controle de qualidade foram todos positivos, com uma atenção para o i-CAT FLX, que excedeu levemente o limite aceitável para a exatidão do kVp. Uma comparação entre CTDI100 e CTDI300, reportou que o CTDI300 é em média 49% maior em relação ao CTI100. Os níveis de referência de radiodiagnóstico são representativos dos níveis de dose otimizados, e servem como base para adequação e otimização dos parâmetros de exposição do equipamento. Os testes de controle de qualidade alertam para possíveis irregularidades no funcionamento do tomógrafo, e deve complementar obrigatoriamente a rotina dos procedimentos clínicos.