Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Flavia Cristina Almeida Leite |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-16122008-154325/
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Resumo: |
Transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento terapêutico que tem como o objetivo a substituição da medula óssea doente por outra saudável. É utilizado em pacientes oncológicos e pode representar a cura da malignidade hematológica ou o resgate da medula óssea para a continuidade do tratamento antineoplásico. No TMO são empregadas drogas com alta toxicidade que agem ao nível sistêmico e que podem causar severos danos ao organismo. Esses danos resultam em complicações diversas que irão influenciar o prognóstico e sobrevida do paciente. As complicações pulmonares são associadas a altas taxas de mortalidade, sobretudo quando a ventilação mecânica (VM) é necessária. Ainda não há consenso na literatura quanto às causas, os fatores de risco e o tratamento adequado. Este estudo teve como objetivo identificar os fatores preditivos para insuficiência respiratória (IRP) em paciente oncológicos após o TMO autólogo e investigar o impacto da ventilação não-invasiva (VNI) na evolução clínica destes pacientes. Foi realizado o levantamento retrospectivo de 161 pacientes submetidos ao TMO autólogo no Hospital A.C. Camargo entre 1995 e 2005. Houve forte associação de IRP e óbito (p< 0,001) e também observamos associação com mucosite (p=0,016) e etilismo (p=0,036), essa associação permaneceu significante na análise multivariada [mucosite (p=0,004) e etilismo (p=0,02)]. De acordo com a análise de sobrevida encontramos associação com o maior número de regimes de quimioterapia no passado (p= 0.005), mucosite (p= 0.029), etilismo (p= 0.044) e redução da capacidade de difusão de monóxido de carbono (p=0.048). Em nosso estudo a taxa de mortalidade permanece alta para aqueles pacientes que desenvolvem IRP e necessitam de VM. A VNI não demonstrou efeito protetor na sobrevida dos pacientes que evoluíram com IRP. A mucosite mostrou-se um fator de piora no prognóstico destes pacientes devendo ser agressivamente evitada e tratada. O impacto do etilismo na incidência de insuficiência respiratória (IRP) e mortalidade destes pacientes merece destaque especial com necessidade de mais pesquisas. O stress oxidativo parece ter um importante efeito causal para as complicações pulmonares após o TMO podendo ser potencializado pelo etilismo. O maior número de esquemas de quimioterapia no passado aumentou a mortalidade, isso poderia representar pacientes com neoplasias mais resistentes ao tratamento ou pacientes que foram expostos ao efeito cumulativo das drogas. A capacidade de difusão de monóxido de carbono é um teste bastante útil para prever risco de óbito |
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