Uso de caseína hidrolisada para secagem de quartos mamários com mastite crônica durante a lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barcelos, Melina Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-05122019-160657/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de uma ou três infusões intramamárias de caseína hidrolisada (CH) para secagem de quartos mamários (QM) de vacas acometidas por mastite crônica durante a lactação. Foram selecionadas 60 vacas com mastite crônica de sete rebanhos leiteiros de São Paulo (n=5) e Minas Gerais (n=2), que atenderam aos seguintes critérios: apresentaram >3 casos de mastite clínica no mesmo QM durante a lactação ou contagem de células somáticas (CCS) >1.000.000 células/mL por mais de dois meses consecutivos. As vacas selecionadas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos de tratamento: três infusões intramamárias de CH (100mg, 50 mL por infusão), com intervalo de 24 horas (n=30) ou infusão intramamária única de CH (300mg, 50 mL) (n=30), ambas seguidas de infusão de selante intramamário no dia 7 após o tratamento. Amostras de leite dos QM afetados foram coletadas antes da primeira infusão intramamária de CH para cultura microbiológica, CCS e composição. Nos dias 4 e7 após as infusões de CH foram coletadas amostras de leite para cultura microbiológica e realizada avaliação da involução do tecido mamário. A produção de leite foi medida no dia anterior à infusão de CH e no dia 7. Nos dias 30, 60 e 90 foram coletadas amostras compostas dos demais QM funcionais para determinação da CCS. Onze vacas foram avaliadas quanto a) a prevalência de microrganismos causadores de mastite crônica; b) a involução do tecido mamário antes da infusão; c) produção deleite após a secagem do QM; d) CCS composta dos QM funcionais; e e) produção de leite, risco de cura bacteriológica após o parto. Do total de amostras coletadas antes das infusões intramamárias com CH (n =60), 17 (28,33%) apresentaram cultura negativa e Streptococcus uberis foi o patógeno com maior frequência de isolamento (n=17, 28,33%), seguido por S.aureus (n =6; 10%). Dentre os QM com resultados de cultura positivas (n=43), 23,25% apresentaram cura microbiológica no dia 7 após o início do tratamento, sendo seis QM tratados com três infusões e quatro tratados com infusão única. Houve efeito de tratamento e dia de avaliação sobre a involução do QM para o tratamento com infusão única. No entanto, o protocolo de infusão intramamária de CH não afetou as médias de produção de leite e CCS composta dos QM não tratados. Após o parto, as onze vacas avaliadas retornaram à produção de leite e apresentaram cura microbiológica, e quatro QM apresentaram nova infecção por Staphylococcus chromogenes (n=2), Enterococcus faecalis (n=1) e Streptococcus dysgalactiae (n=1). A CCS dos QM foi reduzida em ambos protocolos de infusão de CH, mas a CCS foi menor nos QM tratados com infusão única do que nos tratados com três infusões. A infusão única de CH foi mais eficiente em acelerar a involução da glândula mamária e reduzir a CCS do QM tratado após o parto.