Mastite subclínica em cabras do Semiárido Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MELO, Diego Barreto de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25430
Resumo: Com o objetivo de contribuir com os conhecimentos sobre a mastite em caprinos realizou-se revisão de literatura e estudo onde foram analisados aspectos etiológicos e epidemiológicos da enfermidade e a susceptibilidade in vitro dos agentes etiológicos aos antimicrobianos. Na revisão de literatura identificou-se que os principais agentes responsáveis por mastites em caprinos são os Staphylococcusspp e, de acordo com a forma de apresentação, as mastites são classificadas como clínicas e subclínicas. O diagnóstico da mastite clínica é realizado pela visualização de alterações no leite e na glândula mamária e a forma subclínica é diagnosticada através de testes diretos, como o isolamento microbiológico e testes indiretos, como o Califórnia Mastits Test (CMT) e a Contagem de Células Somáticas, sendo o cultivo bacteriológico considerado o padrão ouro no diagnóstico da infecção intramamária. Em pequenos ruminantes, protocolos detalhados para tratamento da mastite não estão disponíveis e estas são tratadas de forma semelhante e com medicamentos destinados aos bovinos. A cura espontânea, comumente relatada para casos de mastites subclínicas, não ocorre com frequência na espécie caprina. O estudo em campo foi realizado em oito propriedades do semiárido paraibano. Um total de 1990 amostras de leite foi submetido ao CMT, isolamento microbiano, exames bacterioscópicos e provas de identificação. O CMT apresentou correlação fraca com o isolamento microbiano. Foram identificadas 12,41% de infecções intramamária (IIM) e 1,88% de mastite clínica. Foram obtidos 248 isolamentos bacterianos, com predominância de Staphylococcus spp. Dentre estes, SCN foram os de maior ocorrência (86,89%). Não foram observadas diferenças significativas em relação à idade e à ocorrência de mastite. A mastite persistente esteve presente em 9,34% dos animais. Os maiores índices de resistência verificados foram para penicilina (62,61%), tetraciclina (23,53%) e oxacilina (19,75%) o que demonstra preocupação em relação ao aparecimento de cepas com múltipla resistência. A ocorrência de mastite em cabras de diferentes idades e ordem de parto e a fraca correlação do CMT com testes microbiológicos demonstram que diversos aspectos da mastite caprina ainda não são compreendidos e precisam ser esclarecidos para que medidas adequadas de controle sejam utilizadas.