Estudo metabólico-nutricional em alcoólatras crônicos submetidos a dietas enterais quimicamente definidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Marchini, Julio Sérgio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-20122011-141751/
Resumo: Este trabalho foi realizado com a finalidade de demonstrar a utilização de nitrogênio de dietas enterais quimicamente definidas ( DE) comparadas com dieta geral via oral em um grupo de pacientes alcoólatras crônicos. Além de verificar o efeito das DE na recuperação do estado nutricional destes pacientes. Para SG atingir este objetivo foram realizado:. basicamente balanços rnctabólicos nitrogenados ( BN) e aminoacidogramas venosos na internação e alta dos pacientes. Foram estudados 20 indivíduos do sexo masculino, com idade variando entre 25 e 64 anos ( média = 39,5), 15 brancos e 5 não brancos, divididos ao acaso em 3 grupos de 7, 7 e 6 pacientes respectivamente. Todos eram alcoólatras crônicos e ingeriam em media 1 litro de aguardente por dia. Em 7 pacientes foi feito clinicamente o diagnóstico de pelagra, em 5 de neuropatia periférica e em 1 de cirrose hepática, Um outro tinha ascite. Em 2 pacientes houve retenção de bromosulfaleina entre 20 e 30 % e em outros 2 entre 10 e 20 %, sondo nos demais pacientes inferior a 10%. Do ponto de vista nutricional estes indivíduos foram classificados como soado de baixo risco, segundo Sauberlich e cols., 1974. Aos 2 primeiros grupos de pacientes foram oferecidas dietas enterais quimicamente definidas e ao terceiro grupo uma dieta geral habitual, A oferta nitrogenada ± 16 g/dia) E calórica ( ± 3000 calorias/dia) foi mantida constante nos 3 grupos. No primeiro . grupo toda oferta calórica foi proveniente de hidratos de carbono e proteínas, portanto sem lápides. Nós 2 outros Grupos a oferta calórica foi balanceada entre 10% de proteínas, 65% de hidratos de carbono e, 25% de gorduras. As DE Foram constituídas basicamente de uma solução de L-aminoácidos, sacarose, vitaminas c minerais, com ou sem lápides. A dieta geral incluia arroz, feijão, carne e legumes ou verduras. Os pacientes foram internadas na Unidade Metabólica da Disciplina de Nutrologia, Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, durante aproximadamente 15 dias, sendo 12 para o estudo. O período inicial de adaptação ao ambiente e à dieta foi de 6 dias. Nos 6 dias finais todo nitrogênio ingerido, fecal e urinário foi dosado e calculado o balanço metabólico nitrogenado aparente. De cada paciente na internação e alta foram dosados os níveis de aminoácidos venosos. Também foi calculado quantide de de nitrogênio absorvido em relação ao ingerido e a digestibilidade verdadeira das 3 dietas. Os principais ratos observados foram: 1. A ingestão de nutrientes foi mantida constante nos pacientes submetidos às 2 dietas enterais o que não foi possível nó terceiro grupo, que recebia dieta geral. 2. A absorção das dietas enterais foi significativamente superior à da dieta Geral. 3. O peso e\' quantidade de nitrogênio focal foram significativamente inferiores nos indivíduos submetidos a dietas enterais. 4. A digestibilidade verdadeira mostrou valores estatisticamente superiores para as dietas enterais. 5. A analise dos resultados das 2 dietas enterais não mostrou diferenças entre elas. 6. Ao final do estudo observou-se uma tendência de melhoria de todos os parâmetros antropométricos e laboratoriais utilizados na avaliação do estado nutricional. Não houve diferenças entre ás pacientes que receberem as 3 dietas. 7. Os níveis de aminoácidos plasmáticos na admissão e na alta não apresentaram diferenças nos 3 grupos de pacientes. 8. As dietas enterais utilizadas são facilmente administradas e controladas, não tendo sido encontrados problemas com efeitos colaterais indesejáveis.