Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mônica Fontoura da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-02082012-142642/
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Resumo: |
O Estado nazista caracterizou-se não só pela violência física empregada contra o povo, mas também pela violência psicológica que procurou exercer sobre a sociedade pelo viés propagandístico, fosse ele iconográfico, escrito ou falado. Neste governo, a propaganda e a doutrinação desempenharam um papel fundamental para constituição, permanência e prática de sua política ditatorial, que culminou com a Segunda Guerra Mundial. A busca de meios eficazes de convencimento transformou-se em instrumento produtivo para dar veracidade às suas ideias e doutrinas, angariando assim novos partidários da causa. No sentido de detectar e analisar um desses meios de convencimento, a presente dissertação elegeu piadas publicadas em um jornal de grande circulação como objeto precípuo de seu estudo, visto que os chistes devem ser compreendidos não apenas como meros instrumentos de diversão, mas também como discursos carregados de sentidos, que podem ser utilizados como veículo de propaganda e manipulação. Partindo do pressuposto de que piadas, assim como outros textos discursivos, refletem um discurso que vai muito além do que ali está exposto, apontando para outros dizeres já cristalizados, nossa análise dos chistes utilizará o respaldo teórico-metodológico da Análise do Discurso francesa e discussões de Freud e Bergson sobre o humor, visando compreender como esse meio de comunicação de massa, de boa acolhida, pode ter atendido aos ideais nazistas. O fundamento da argumentação aqui exposta baseia-se na percepção de que a recepção de um discurso, de aspecto lúdico ou não, remete a sentimentos e a uma memória já previamente construída no âmbito social, indicando, desse modo, que os sentidos, que se materializam em um texto, trazem de forma latente em seu bojo discursos já-ditos alhures. |