Caracterização geológica e petrogenética do batólito granítico Três Córregos (PR-SP) |b geoquímica isotópica (Nd-Sr-Pb), idades (ID-TIMS/SHRIMP) e \'delta POT.18\'O em zircão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Prazeres Filho, Helcio José dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-29102015-131336/
Resumo: O Ciclo Brasiliano-Pan Africano foi responsável pela geração de grande volume de rochas graníticas na porção sul do Cinturão Ribeira (CR). Batólito Três Córregos (BTC), representa a maior unidade granítica do Domínio Apiaí sendo constituído por monzo a sienogranitos, granodioritos, quartzo-monzonitos, raros tonalitos e dioritos, deformados ou não, metaluminosos a fracamente peraluminosos, cálcio-alcalinos de alto a médio K, da tipologia granítica I. Comparações geológicas com o Batólito Cunhaporanga (BCP), unidade geológica situada a NW do BTC e separada pela Faixa Itaiacoca (Grupo Itaiacoca) são efetuadas visando proporcionar uma melhor compreensão dos estágios evolutivos do CR na região. Este trabalho inclui dados de mapeamentos geológicos, petrografia, litogeoquímica, geocronologia ID-TIMS/SHRIMP e geoquímica isotópica \'delta POT.18\'O (zircão) e Nd-Sr-Pb (rocha total) dos principais componentes graníticos do BTC. Estudos semelhantes foram estendidos às unidades graníticas pertencentes ao BCP, além dos Stocks Graníticos inseridos nos domínios dos dois batólitos, como Carambeí, Sguário, Correas, Capão Bonito, Rio das Almas. Estudos litoquímicos e isotópicos revelaram a existência de tipos graníticos distintos entre os dois batólitos e internamente aos mesmos. A principal diferença entre os dois batólitos está no comportamento dos álcalis com o BCP, mais potássico, e o BTC, mais sódico. Os dados isotópicos mostram claramente a participação de fontes infracrustais distintas de longa residência crustal, evidenciadas pelos isótopos de Pb, pelos valores negativos de \'épsilon IND.Nd\' (-11 a -13 para o BCP e -17 a -19 para o BTC), pelas idades TDM (1.7 a 1.9 Ga para o BCP e 2.2 a 2.4 Ga para o BTC) e valores elevados do \'delta POT.18\'O (9-8%o) para o BCP) e (7-6%o para o BTC). Estas fontes estariam situadas em uma crosta continental paleoproterozóica com a participação em graus distintos de fontes mantélicas e supracrustais na gênese das rochas graníticas do BCP e BTC. Estudos litogeoquímicos e geocronológicos realizados em rochas graníticas deformadas na porção N do BTC, entre as cidades de Capão Bonito e Apiaí-Mirim (Estado de São Paulo) revelaram a ocorrência de sieno a monzogranitos da tipologia A com idade de 1752 \'mais ou menos\' 10 Ma. A correlação destas rochas com os litotipos de características geoquímicas e isotópicas semelhantes encontrados nos núcleos do Tigre e Betara (Estado do Paraná) permite caracterizar um magmatismo relacionado à Tafrogênese Estateriana no Domínio Apiaí. Estes sieno a monzogranitos apresentam valores de \'delta POT.18\'O de 5,5%o e idades modelo TDM arqueanas (2.7-2.8 Ga), valores semelhantes aos encontrados nos núcleos Tigre e Betara. As idades U-Pb ID-TIMS e SHRIMP em zircões revelam que ambos os batólitos se formaram num período de 70 Ma, originados por uma série de eventos magmáticos que se sobrepuseram durante o Neoproterozóico III. Esses eventos ocorridos em ambiente de arco magmático continental iniciaram entre 650 - 620 Ma com geração de um magmatismo cálcio-alcalino de baixo a médio K constituído por tonalitos a quartzo-monzodioritos (metagranitos das Unidades Paina - 645 \'mais ou menos\'10 Ma e Apiaí-Guaçu - 616 \'mais ou menos\' 11 Ma do BTC), posteriormente assimilado e sucedido por um magmatismo cálcio-alcalino de alto K (HKCAG) gerados entre 620-590 Ma, constituído por granodioritos, monzogranitos e quartzo-monzonitos (Unidades Santa Rita-Vila Branca - 627 \'mais ou menos\'8 Ma, Ribeirão Butiá-Pitangui - 601 \'mais ou menos\'7 Ma, Varginha-Paredão Santa - 603 \'mais ou menos\'9 Ma, no BCP e Unidades Arrieiros-Cerro Azul - 610 \'mais ou menos\'3 Ma, Barra do Chapéu-Ribeirão Branco - 590 \'mais ou menos\'2 Ma, Conceição - 608 \'mais ou menos\' 11 Ma, São Sebastião - 604 \'mais ou menos\'4 Ma no BTC). O estágio pós-colisional no Domínio Apiaí teve início a partir de 590 Ma com a geração de diversos Stocks Graníticos da tipologia A (Capão Bonito, Correas, Sguário, Carambeí) a partir da fusão de fontes crustais antigas (\'épsilon IND.ND\' entre -14 a -16) e cristalização em profundidades rasas em comparação aos batólitos. Esse tipo de magmatismo se estendeu até 540 Ma com o vulcanismo associado à evolução da Bacia de Castro