Petrologia, geoquímica e geocronologia do Pluton Arroio do Silva, uma associação Sienito-Monzonito-Diorito de ambiente pós-colisional no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Padilha, Dionatan Ferri
Orientador(a): Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189185
Resumo: A área de estudo localiza-se na porção centro-norte do Escudo Sul-rio-grandense, nos arredores da cidade de Encruzilhada do Sul. O Pluton Arroio do Silva faz parte do cinturão granítico que compõe o Cinturão Dom Feliciano, cuja gênese deste magmatismo granitico está relacionada com o período pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-Africano. O Pluton Arroio do Silva (PAS) compreende uma associação de rochas sieníticas-monzoníticas e dioríticas, tipicamente ricas em quartzo. Na área de ocorrência, o PAS aflora como quatro corpos, entretanto a concordância da sua trama magmática sugere uma continuidade em subsuperfície sendo interpretado como efeito de corte. São reconhecidas três principais variedades composicionais dentro do PAS: (i) uma quartzo monzonito a sienito (qMS), (ii) quartzo monzonito a monzodiorito (qMd) e (iii) quartzo diorito (qD). Enclaves microgranular máficos de composição diorítica e lamprofírica ocorrem de forma localizada, e estão tipicamente relacionados à variedade qMS, onde exibem contatos indicativos de mistura de magmas. A variedade qMS predomina na porção norte do pluton, e possui caracteristicamente cristais de Kfs euédricos que definem a trama magmática, ressaltada por agregados de máficos constituídos por Hbl ± Cpx. Em direção à porção sul do pluton, ocorre o aumento da mineralogia máfica, principalmente da biotita, acompanhado pela diminuição de Kfs que quando presente exibe formas arredondadas e fraca orientação. O comportamento de elementos maiores compatíveis sugere processo de mistura de magmas, cujos polos ácido e básico são dados pelas variedades qMS e qD, respectivamente. A variedade qMd representa o produto híbrido deste processo. As rochas do PAS são metaluminosas e suas razões K2O/Na2O variam entre 1 e 2, sendo portanto classificadas como shoshoníticas. Para os MME lamprofíricos, essas razões são levemente maiores do que 2, classificadas como ultrapotássicas. São individualizados três magmas principais que compõem o PAS: (i) um monzonítico-sienítico, (ii) um diorítico e (iii) um lamprofírico. O enriquecimento em LILEs e ETRL em relação aos HFSE e ETRP, e o comportamento de elementos maiores e traços mostram semelhanças com fontes do tipo OIB. Anomalias negativas de Nb, Ti e P indicam fontes mantélicas metasomatizadas por subducção. A similaridade do padrão destes elementos indica fontes semelhantes para o PAS, e a assinatura isotópica aponta diferenças na composição da fonte, sendo mais rica em flogopita para os MME lamprofíricos. A idade U-Pb em zircão de 578 Ma obtida para a qMS é concordante com a ocorrência de outras associações sieníticasmonzoníticas na região de estudo. As similaridas químicas entre o PAS e estas associações apontam para uma importante contribuição mantélica durante os estágios finais do período pós-colisional no sul do Brasil.