Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira Junior, Antonio Herci |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-15032024-174822/
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Resumo: |
Este trabalho interpreta a trajetória de Willys de Castro, pluriartista -- músico, poeta, artista visual, cenógrafo, figurinista, designer de moda e de produto -- identificando nessa jornada criativa dois princípios fundamentais que trazem novas luzes sobre o processo de formação da contemporaneidade artística brasileira nas artes. O primeiro deles avalia o desenrolar histórico do construtivismo no Brasil, um processo original e tributário das vanguardas europeias do início do século XX. Enfatizando particularmente a assimilação antropofágica que adquire um ritmo próprio e se desenvolve através de acalorada e intensa progressão, teórica e intelectual, derivada das propostas de Ferreira Gullar e Mário Pedrosa. A tese discerne o papel de mediador e pivô da crise dos movimentos -- concreto e neoconcreto, que Willys de Castro assumiu, como uma figura proeminente. O artista, neste projeto, renova a prática construtivista valendo-se de estratégias criativas na construção dos objetos ativos e dos pluriobjetos. O segundo princípio interpreta duas ferramentas recursivas e construtivas, que ele articula, de forma perene, continuada e obstinada em sua jornada: (i) o transbordamento do meio ou do suporte, que borra os limites entre escultura e pintura e (ii) a apresentação de suas obras como realização de modelos que dão consistência à própria teoria construtiva da qual emanam, isto é, que funcionam segundo o preceito da lógica de que \"uma teoria é consistente se apresentar modelos. O artista, ao desenvolver sua criação a partir de tais pressupostos, cria uma inversão de expectativas de abordagem formal que se deslocam de teorias formais do objeto para teorias da percepção, através do arsenal filosófico de Merleau-Ponty, que o próprio artista introduz em sua reflexão intelectual e construtiva. A interpretação aqui construída das teorias da estética e percepção das obras utiliza, como instrumental, aspectos da teoria dos jogos de linguagem, de Wittgenstein, como elemento disparador. |