Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marques, Dimas Renato Pallu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-18022019-132149/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar as abordagens dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo na cobertura do tráfico de animais silvestres entre 2010 e 2014. Todos os 254 textos publicados no período foram lidos e analisados. O mercado negro de fauna e a cultura do criar espécimes silvestres como bichos de estimação foram detalhados para contextualizar o problema. Técnicas quantitativas foram utilizadas para a classificação dos textos em categorias (tipos de abordagens). Dez categorias foram identificadas e os textos agrupados, permitindo concluir que tanto da Folha de S. Paulo quanto O Globo dão preferência à cobertura de ações de fiscalização e repressão ao tráfico de fauna. A Análise Crítica do Discurso de Norman Fairclough, teorias do Cotidiano de Agnes Heller e Michel de Certeau e a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici foram o suporte da análise qualitativa e a base teórica da pesquisa. Quinze textos de oito categorias foram qualitativamente analisados. Seis principais representações sociais foram destacadas, com destaque para: animal silvestre pode ser criado como bicho de estimação, o Estado é incompetente na gestão da fauna silvestre e a repressão resolve o problema do tráfico de fauna. A aplicação da Análise Crítica do Discurso encontrou elementos que corroboram as representações sociais identificadas. A conclusão foi que os dois jornais (bem como o Estado brasileiro) reforçam a ideia de que se pode criar silvestres como bichos de estimação, desde que os animais tenham origem legal, e que a repressão é a melhor forma para desestimular o tráfico conceitos que discordamos. Folha de S. Paulo e O Globo não contribuem efetivamente para a construção de uma nova cultura que ajude na redução do comércio ilegal de animais silvestres e não auxiliam no processo de modificações de representações sociais para gerar impacto no tráfico de fauna. |