Análise do mercado de defensivos agrícolas no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1976
Autor(a) principal: Tamaki, Tsunehisa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-153839/
Resumo: Para se ter uma agricultura intensiva e comercial necessita-se do uso de insumos modernos. Entre eles, os defensivos agrícolas são indispensáveis para se assegurar uma boa produção. A utilização de defensivos entre nós, nos últimos três anos, colocou o Brasil como quarto consumidor mundial ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e França. Também a produção brasileira tem crescido de maneira satisfatória de modo que nossa dependência das importações, apesar de grande, tem diminuído, com exceção de inseticidas. Apesar da importância relativa dos defensivos como complemento de outros insumos na produção agrícola, quase nada existe sobre estudos de mercado desses produtos. O presente estudo é uma contribuição no sentido de analisar o mercado de defensivos com ênfase nos aspectos de oferta e demanda. Com relação à produção de defensivos são focalizados os problemas de preço da matéria-prima numa indústria em que as firmas estão trabalhando aquém de suas capacidades instaladas e os custos que advém da utilização de capitais em instalações é o principal elemento do custo total de produção. Os incentivos à produção brasileira de defensivos data de 1958 através de concessão de benefícios a indústria nacional. Sobre a comercialização de defensivos é ressaltado o problema da legislação que é relativamente omissa quando se compara com a de defensivos similares para uso doméstico e saúde pública. Quanto aos aspectos de consumo, não se considera relevante a influência do crédito no aumento do consumo de defensivos pois a participação relativa dos custos de defensivos no custo operacional por hectare e por unidade simples de produção de culturas no Estado de São Paulo é pequena, variando de 1% para batata até 16% para laranja em produção. E ressaltado o aspecto da relativa especificidade de uso dos defensivos quase não permitindo usos alternativos entre eles. Dentro desse quadro geral os objetivos deste trabalho são: a) utilizando-se dados de séries temporais, estimar funções de oferta e demandam de Maneb, paration e BHC; b) estimar coeficientes de elasticidades a curto prazo e a longo prazo; e c) baseados nos resultados obtidos e fundamentados na teoria de oferta e da demanda, fornecer subsídios aos órgãos governamentais, na formulação de políticas econômicas adequadas ao atendimento das necessidades de mercados de defensivos agrícolas. As variáveis básicas são séries de consumo aparente de defensivos agrícolas e de preços de defensivos pagos pelos agricultores. A série de consumo aparente é publicada pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo, no período 1964 a 1974, sendo a série anual, para o Brasil e por princípio ativo ou produto. As demais variáveis são: índice de área cultivada com culturas modernas, tendência, preço da matéria-prima para fabricação de defensivos, preços de máquinas aplicadoras de defensivos, índice de paridade ou relação de troca e consumo aparente defasado. O método utilizado é o método de quadrados mínimos de dois estágios, pois admite-se que a demanda e a oferta crescem ou decrescem em compasso com a melhoria geral ou a recessão de conjuntura econômica. A equação matemática escolhida é do tipo: CAD = bo . PD b1 . IACM b2 . IPb3 10b4T onde: CAD = consumo aparente do defensivo;PD = preço real do defensivo; IACM= índice de área cultivada com culturas modernas; IP = índice de paridade T = tendência. Pela combinação das variáveis selecionadas para o estudo são experimentados 13 modelos para o Maneb, 9 modelos para o BHC e 6 modelos para o paration.