Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Novak, Glaucia Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-04102022-092605/
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Resumo: |
Objetivo: Comparar dados demográficos, características clínicas/laboratoriais e atividade da doença no momento do diagnóstico em três diferentes grupos de pacientes com lúpus eritematoso juvenil (LESJ) de acordo com intervalo de tempo entre início dos sinais ou sintomas e o diagnóstico da doença. Métodos: Estudo de coorte multicêntrico incluindo 1555 pacientes com LESJ [segundo os critérios do American College of Rheumatology (ACR)] acompanhados em 27 serviços de Reumatologia Pediátrica do Brasil. Os pacientes foram divididos em três grupos: A: intervalo de tempo curto (<1 mês), B: intermediário ( 1 e < 3 meses) e C: longo ( 3 meses) até o diagnóstico. Os dados foram coletados segundo protocolo clínico padronizado que incluiu dados demográficos, características clínico-laboratoriais, critérios de classificação do Systemic Lupus International Collaborating Clinics Classification Criteria (SLICC) e atividade da doença. Resultados: O número de pacientes em cada grupo foi: A=60 (4%), B=522 (33,5%) e C=973 (62,5%). A mediana de idade ao diagnóstico [11,1 (4,2-17) vs. 12 (1,9-17,7) vs. 12,5 (3-18) anos, p=0,025] foi significantemente menor no grupo A comparada aos grupos B e C. As medianas do número de critérios diagnósticos de acordo com o SLICC [7 (4- 12) vs. 6 (4-13) vs. 6 (4-12), p < 0,0001] e do índice de atividade da doença SLEDAI2K [18 (6-57) vs. 16 (2-63) vs. 13 (1-49), p < 0,0001] foram significantemente maiores no grupo A comparadas aos outros grupos. As frequências de úlceras em palato (25% vs. 15% vs. 11%, p=0,003), pleurite (25% vs. 24% vs. 14%, p < 0,0001), nefrite (52% vs. 47% vs. 40%, p=0,009), manifestações neuropsiquiátricas (22% vs. 13% vs. 10%, p=0,008), plaquetopenia (32% vs. 18% vs. 19%, p=0,037), leucopenia/linfopenia (65% vs. 46% vs. 40%, p < 0,0001) e anticorpos anti-DNA dupla hélice positivo (79% vs. 66% vs. 61%, p=0,01) foram significantemente maiores no grupo A comparadas aos outros grupos. No entanto, o grupo C revelou doença mais leve caracterizada por maior frequência de artrite (61% vs. 66% vs. 71%, p=0,032) e menor frequência de serosite (37% vs. 33% vs. 25%, p=0,02), proteinuria > 500mg/dia (48% vs. 47% vs. 36%, p=0,02) e complemento baixo (81% vs. 81% vs. 71%, p < 0,001) comparados aos grupo A ou B. Conclusões: Este estudo multicêntrico brasileiro demonstrou que a maioria dos pacientes apresentaram maior intervalo de tempo para o diagnóstico, provavelmente devido à apresentação mais leve da doença. Em contrapartida, a minoria apresentou intervalo curto de tempo ao diagnóstico com apresentação da doença mais grave e atividade multissistêmica |