Relações filogenéticas dos gêneros de Ischnocolinae (Araneae, Mygalomorphae, Theraphosidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Guadanucci, José Paulo Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-04102007-173856/
Resumo: Os gêneros atualmente pertencentes à Ischnocolinae foram incluídos em uma análise cladística juntamente com representantes das outras 9 subfamílias de Theraphosidae. Representantes de Barychelidae e paratropididae também foram incluídos na análise. Os isquinocolíNeos estão representados pelos seguintes gêneros: Ischnocolus, Heterothele, Chaetopelma, Nesiergus e Plesiophrictus, do Velho Mundo, e Acanthopelma, Holothele, Schismatothele, Hemiercus, Oligoxystre e Catumiri do Novo Mundo. Os resultados da análise cladística forneceram infomações importantes, as quais foram utilizadas para elaboração de novas diagnoses para os gêneros citados acima e para propostas de mudanças taxonômicas para a composição de gêneros monofiléticos. A matriz composta por 71 táxons terminais e 65 caracteres morfológicos foi analizada das seguintes formas: caracteres com pesos iguais, pesagem implícita e sucessiva. Os programas de computador TNT e PAUP* foram utilizados para a análise de parcimônia e WinClada e MacClade para a otimização dos caracteres. O consenso dos cladogramas resultantes de 8 análises distintas foram comparados. Optou-se pela topologia resultante das análises com pesagem implícita (K <- 4) como a hipótese de relacionamento filogenético a ser discutida. Theraphosidae é considerada monofilética e sustentada pela presença de tricobótrios engrossados na tíbia e tricobótrios clavados tarsais dispostos em fileira. Os representantes de Ischnocolinae não formaram um grupo monofilético. Os gêneros Holothele, Paraholothele gen.n. e Acanthopelma formaram um grupo monofilético com Trichopelma e Reichlingia. Todos esse gêneros são incluídos em Trichopelmatinae, a qual deve ser transferida de Barychelidae para Theraphosidae. O clado Trichopelmatinae+ Ischnocolus spp égrupo-irmão do restante dos terafosídeos. Os gêneros Sickius, Neoholothele gen.n., Guyruita gen.n., Schismatothele e Hemiercoides gen.n. formaram o grupo monofilético denominado \"Ischnocolinae\" Novo Mundo. Os gêneros Nesiergus e Chaetopelma, representantes do Velho Mundo, também formaram um grupo monofilético. O restante dos Ischnocolinae (Heterothele, Plesiophrictus e Oligoxystre) formaram um grande grupo monofilético com representantes das outras subfamílias de Theraphosidae (Harpactirinae, Theraphosinae, Eumenophorinae, Thrigmopoeinae, Ornithoctoninae, Aviculariinae e Selenocosminae). Com base nos resultados da análise cladística, a composição da subfamília Ischnocolinae descrita no primeiro parágrafo deve passar a ser: Ischnocolus, Heterothele, Chaetopelma, Nesiergus e Plesiophrictus e Heterophrictus do Velho Mundo e Acanthopelma, Holothele, Paraholothele, Neoholothele, Schismatothele, Hemiercoides, Guyruita, Oligoxystre e Catumiri da Região Neotropical. Adicionalmente, a investigação comparativa acerca dos tricobótrios clavados na tíbia e tarso de representantes da família Theraphosidae forneceu dados que são apresentados e discutidos no manuscrito incluído como apêndice da presente tese e intitulado \"Comparative study of the clavate trichobothria of Theraphosidae spiders (Araneae, Mygalomorphae)\".