Câmara Cascudo e Oscar Ribas: diálogos no Atlântico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Neves, Alexandre Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19012009-153231/
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo propor aproximações entre os autores Câmara Cascudo e Oscar Ribas. O primeiro pertencente ao sistema literário brasileiro e o segundo ao angolano. Buscamos a comparação entre ambos, considerando as semelhanças entre seus percursos. Ao longo de suas carreiras, os autores dividiram-se entre a produção literária e a pesquisa folclórica. A proposta que executamos apropria-se do conceito de macrossistema literário defendido por Benjamin Abdala Júnior. Em sua perspectiva, macrossistema é definido pelos contatos que podem ser estabelecidos entre os sistemas literários nacionais no contexto das literaturas de língua portuguesa. Nosso estudo centra-se sobre dois romances: Canto de muro (1959) de Câmara Cascudo e Uanga (feitiço) (1951) de Oscar Ribas. A análise destas obras nos permite apreciar textos fracionados entre o fazer literário e o compromisso com a divulgação de dados de pesquisa. A dualidade nas carreiras dos intelectuais é espelhada na composição de seus romances. Realizamos também uma leitura do livro de ensaios Made in África (1965) de Câmara Cascudo, no qual nos deparamos com um Cascudo leitor de Oscar Ribas e preocupado com os matizes africanos da cultura brasileira.