Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Danubia Ariana de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-22072021-140552/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A linfadenectomia axilar completa é tema controverso atualmente após a confirmação de malignidade na biópsia do linfonodo sentinela. Não está claro pela literatura em quais casos existe segurança oncológica para a omissão da linfadenectomia e quais os fatores preditores do acometimento de linfonodos não-sentinelas, que podem ser decisivos para indicar uma ampliação da dissecção. OBJETIVO: Avaliar a possibilidade de predição do envolvimento neoplásico dos linfonodos axilares não-sentinelas com base em parâmetros morfológicos e moleculares. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal e não-controlado. As informações foram obtidas através de dados clínicos e anatomopatológicos de pacientes com carcinomas mamários infiltrativos iniciais tratados com biópsia de linfonodo sentinela, seguida por dissecção linfonodal axilar. Foram incluídos pacientes com tumores estádio I e II. Para análise estatística das variáveis morfológicas e moleculares foram realizadas medidas de frequência, análise por regressão logística binária e regressão logística múltipla. RESULTADOS: Foram avaliados 129 pacientes, sendo que o comprometimento linfonodal adicional não-sentinela foi constatado em 47 casos (36,4%). A análise univariada demonstrou que os parâmetros clínicos e tumorais relacionados ao comprometimento linfonodal não-sentinela foram: tamanho tumoral ao exame clínico na categoria clínica T2 (OR = 5,36; p = 0,005), tamanho tumoral ao exame anatomopatológico (sem estimativa de odds ratio, p = 0,001), grau histológico III (OR = 6,33; p = 0,026) e embolização vascular peritumoral presente em área focal (OR 2,42; p = 0,038). Os parâmetros relacionados às características linfonodais foram: comprometimento de mais de um linfonodo sentinela/parassentinela (OR = 3,99; p < 0,001), taxa de comprometimento linfonodal de 100% (OR = 3,17; p = 0,003), dois ou mais focos neoplásicos nos linfonodos (OR = 4,1; p < 0,001), metástase superior a 4,0 mm (OR = 5,55; p < 0,001), presença de extensão neoplásica extracapsular (OR = 3,46; p = 0,011), acometimento de gordura perilinfonodal (OR = 4,63; p = 0,010), envolvimento vascular perilinfonodal (OR = 4,73; p = 0,021) e 20 ou mais linfonodos não- sentinelas dissecados (OR = 3,94; p < 0,001). Na análise multivariada, as variáveis que aumentaram a chance de ocorrência do comprometimento linfonodal adicional não-sentinela foram: o tamanho tumoral ao exame clínico na categoria clínica T2 (OR = 9,23; p = 0,017), a presença de dois ou mais focos neoplásicos nos linfonodos (OR = 4,11; p = 0,039) e o tamanho da metástase superior a 4,0 mm (OR = 15,42; p = 0,019) com acurácia de 81% (p < 0,001). CONCLUSÕES: A acurácia da predição do comprometimento linfonodal regional não-sentinela por parâmetros morfológicos e moleculares é elevada. Os parâmetros tamanho tumoral ao exame clínico na categoria clínica T2, a presença de dois ou mais focos neoplásicos nos linfonodos sentinelas/parassentinelas e o tamanho da metástase superior a 4,0 mm sugerem a necessidade de complementação da linfadenectomia após biópsia positiva do linfonodo sentinela. |