Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Minto, Elaine Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-18052009-160841/
|
Resumo: |
A adolescência é um período de vulnerabilidade para comportamentos de risco. Devido às mudanças físicas e psicológicas da puberdade, a necessidade de experimentar o novo e início do comportamento sexual, o adolescente está mais vulnerável a aquisição de comportamentos como fumar, beber e ter comportamento sexual desprotegido. Para promover a saúde e aumentar a competência psicossocial dos adolescentes, a Organização Mundial de Saúde preconiza o Ensino de Habilidades de Vida. Este programa consiste no ensino de dez habilidades (emocionais, cognitivas e sociais) que aumentam a capacidade dos jovens adotarem comportamentos positivos e adaptativos no cotidiano. São elas: autoconhecimento, lidar com emoções e estresse, comunicação eficaz, relacionamento interpessoal, empatia, pensamento crítico, pensamento criativo, tomada de decisão e resolução de problemas. A literatura aponta que o conjunto dessas habilidades promove a saúde dos adolescentes e previne comportamentos de risco. Este estudo tem o objetivo é avaliar os efeitos do programa Ensino de Habilidades de Vida entre adolescentes vinculados a instituições profissionalizantes, sobre os comportamentos de risco e o locus de controle. Participaram 45 adolescentes de duas instituições no município de Ribeirão Preto, com 24 e 21 participantes em cada uma delas. A faixa etária situava-se entre 14 e 17 anos e 11 meses, a população era predominantemente do sexo masculino e a maioria estudante. Formaram-se oito grupos, quatro por instituição, durante os anos de 2003 e 2004, com média de seis participantes cada. Foram realizados 16 encontros, com freqüência semanal e duração de uma hora e meia em uma, e uma hora na outra instituição. Para avaliar a intervenção, no 4º e 15º encontros foram aplicados dois questionários, um sobre comportamentos de risco para a saúde e a escala de Locus de Controle de Levenson. No 16º encontro, foi realizada uma entrevista em grupo. Do 5º ao 14º encontros foram desenvolvidas as habilidades de vida, uma por encontro. A metodologia utilizada foi interativa e participativa, através de jogos, dramatizações e discussões. As variáveis dependentes eram: comportamentos de risco para o tabaco, álcool, drogas ilícitas, sexo desprotegido, locus de controle e o relato dos participantes sobre os efeitos do programa no cotidiano. Os resultados quantitativos, em ambas as instituições, não demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre pré e pós intervenção nos dois instrumentos. A prevalência de uso na vida para o beber e fumar apresentaram-se acima da média nacional. Diminuíram os episódios de beber excessivo e aumentaram as respostas sobre o beber moderado, de 1 a 2 doses por ocasião. Os resultados qualitativos demonstraram que as habilidades de vida relacionadas ao autocontrole ajudam diante de situações de estresse na família, com amigos, na escola e com parceiros. Com relação aos comportamentos de risco, as habilidades mais frequentemente associadas foram tomada de decisão e pensamento crítico. Conclui-se que a aprendizagem cognitiva sobre como utilizar as habilidades de vida pode facilitar respostas mais ajustadas em situações futuras. Nos relatos observa-se mudanças de comportamento como pausar antes de agir, refletir antes de decidir, ouvir com atenção e adotar comportamentos saudáveis para lidar com o estresse. |