Efeitos do selante de fibrina e fragmentos ósseos na regeneração de defeito realizado em tíbias de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Carla Teresa Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-11022020-145910/
Resumo: O tratamento de fraturas cominutivas requer o uso de técnicas cirúrgicas adequadas, como osteossínteses utilizando placas, parafusos e/ou pinos. Porém, estes materiais geralmente são disponíveis para fragmentos ósseos de até 1cm, exigindo técnicas alternativas para os fragmentos menores. Os adesivos ósseos podem ser chamados de cola ou selantes, embora a diferença entre eles não seja clara devido a semelhança no uso. O selante de fibrina e suas propriedades adesivas vem sendo estudado em diferentes tecidos. Além disso, previne a formação do defeito ósseo, não restringe o suprimento sanguíneo intrínseco, gera estabilidade suficiente em pequenos fragmentos ósseos ou osteocondrais e não tem necessidade de remoção cirúrgica, pois é biodegradável e biocompatível. Assim sendo, o selante de fibrina foi escolhido como objeto de estudo desta pesquisa. O objetivo foi avaliar o efeito da utilização do selante de fibrina no processo de regeneração de defeito ósseo em tíbias de ratos através de análises macroscópicas, microscópicas e mecânicas. Foram utilizados 40 ratos da raça Rattus Norvegicus Albinus, da variedade Wistar, adultos, com peso médio de 300g ± 20g e idade de 10 semanas que foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos (n=10) e avaliados em tempo único de 6 semanas (42 dias). Os grupos foram compostos por animais sem tratamento (CON), animais tratados com selante de fibrina (TSF), animais tratados com enxerto autólogo (TEA) e animais tratados com selante de fibrina e enxerto autólogo (SFEA). Um defeito ósseo foi realizado na face medial do terço proximal da tíbia utilizando uma broca trefina de 2,9mm de diâmetro, acoplado a um micromotor de baixa rotação. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e as tíbias direita e esquerda foram dissecadas, identificadas, armazenadas e submetidas às análises de macroscopia, microtomografia computadorizada, densitometria mineral óssea, ensaio mecânico e histologia. Os resultados da análise macroscópica, densitometria óssea e força máxima foram avaliados em relação à normalidade e empregados o teste ANOVA dois fatores e ajuste para múltiplas comparações de Bonferroni. Os de volume ósseo total, fração do volume ósseo total e trabéculas ósseas, espessura trabecular, número de trabéculas, espaçamento trabecular, porosidade, conteúdo mineral ósseo e rigidez relativa foram analisados com teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn. O nível de significância de 5% foi adotado para todas as comparações. Em relação ao peso das tíbias, não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05). Sobre o comprimento ósseo, foi observada diferença estatisticamente significante (p=0,005). Os resultados obtidos por micro-CT não apresentaram diferenças significantes entre os grupos para todas as variáveis analisadas (p>0,05). Na densidade mineral óssea, foi possível observar diferença significante na interação SFEA (p=0,009) e TSF (p=0,007). Em relação ao CMO, encontrou-se diferença significante entre os grupos (p=0,020). Ao avaliar a Fmax, houve diferença significativa entre o grupo SFEA (p=0,007) e os demais. Os resultados obtidos em relação a rigidez relativa apresentam diferença significativa (p=0,023). Analisando os resultados de neoformação óssea, foram encontradas diferenças significantes entre os grupos (p=0,035). Concluímos que a regeneração de defeito ósseo foi influenciada diretamente com o uso do SF e do enxerto autólogo (EA).