Estudo comparativo entre as técnicas de sutura término-lateral e coaptação com selante de fibrina na regeneração do nervo facial, associada ou não ao laser de baixa potência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rosso, Marcelie Priscila de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-04082016-202650/
Resumo: As lesões na face estão mais comuns na sociedade atual, envolvendo acidentes automobilísticos, quedas ou consequências iatrogênicas após procedimentos. Essas lesões podem afetar os nervos responsáveis pela musculatura facial repercutindo em alterações físicas, emocionais e psicossociais, por exemplo, no sistema estomatognático, na voz, na expressão e estética faciais, nos sentimentos e convívio social do indivíduo. Pesquisas atuais estão almejando melhores técnicas para o processo de reparo nervoso periférico e reabilitação funcional dessas lesões. As técnicas tradicionais como sutura epineural término-lateral e coaptação por meio de selante de fibrina são utilizadas com essa finalidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a reparação do ramo bucal do nervo facial lesionado por meio da técnica términolateral de duas diferentes formas: sutura epineural e o novo selante heterólogo de fibrina, associadas ou não ao tratamento com laser de baixa potência. Foram utilizados trinta e dois ratos (Rattus norvegiccus, Wistar) com 80 dias de vida, distribuídos aleatoriamente em Grupo Controle (GC; n=8), e Grupos Experimentais (Grupo Experimental Sutura - GES e Grupo Experimental Fibrina GEF; n=12; Grupo Experimental Sutura Laser GESL e Grupo Experimental Fibrina Laser GEFL; n=12). Os animais do GC não receberam intervenção cirúrgica; no GES foi realizado, no lado direito da face, a secção do ramo bucal do nervo facial, onde o coto proximal foi suturado à tela subcutânea e o coto distal suturado de forma término-lateral ao ramo zigomático do nervo facial; no GEF, no lado esquerdo da face, foram realizados os mesmos procedimentos do GES, porém foi utilizada a coaptação com selante de fibrina do coto distal. Os grupos GESL e GEFL, além das técnicas descritas, receberam tratamento com aplicação de Laser Arseneto de Gálio Alumínio (GaAlAs), pulso contínuo, comprimento de onda de 830 nm, 6 J/cm2, por 24 segundos, três vezes por semana durante cinco semanas, em três pontos dos locais operados de ambos os lados. Foi realizada também a análise funcional do movimento das vibrissas de todos os grupos na 5ª e 10ª semanas pós-cirúrgica. Os animais foram eutanasiados 10 semanas após a cirurgia e as fibras nervosas foram analisadas morfologicamente, utilizando microscopia óptica e eletrônica, e morfometricamente por meio das medidas da área e diâmetro da fibra, área e diâmetro do axônio, espessura e diâmetro da bainha de mielina. Foi possível observar a regeneração no coto distal de fibras mielínicas e amielínicas. Nas variáveis mensuradas, ocorreu diferença significante na área da fibra nervosa entre os grupos GEF e GEFL. A recuperação funcional dos movimentos das vibrissas apresentou melhores resultados nos grupos com uso do selante de fibrina (GEF e GEFL), sendo que os grupos associados à laserterapia foram os que mais se aproximaram do GC. Portanto, concluiu-se que os dois métodos analisados para reparação nervosa periférica foram efetivos, permitindo o brotamento axonal no coto distal, e que a laserterapia proporcionou melhores resultados, tanto morfométricos quanto funcionais.