Sobrecargas retangulares em diferentes domínios de intensidade: respostas cardiorrespiratórias, metabólicas e da percepção subjetiva de esforço em instantes relativos ao tempo de exaustão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pires, Flávio de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-16082010-143718/
Resumo: Introdução: Em particular, não se sabe se o exercício físico termina com falha da homeostase metabólica em intensidades pertencentes ao domínio moderado, pesado e severo. Este estudo examinou as respostas fisiológicas durante exercícios de sobrecargas constantes até a exaustão, executadas em diferentes domínios metabólicos. Métodos: Dez homens saudáveis executaram quarto cargas constantes as quais corresponderam aos domínios de intensidade moderada (LL1), pesada (LL50% e LL2) e severa (LW25%). Parâmetros metabólicos e cardiorrespiratórios e a percepção subjetiva de esforço (PSE) foram medidos em intervalos regulares de tempo. Resultados: O tempo de exaustão em cada carga constante foi: 93,8 (&#177; 18,0), 77,0 (&#177; 22,9), 44,5 (&#177; 16,0) e 22,8 (&#177; 10,6) minutos em LL1, LL50%, LL2 e LW25%, respectivamente. Quando os dados foram analisados em relação ao tempo absoluto de exercício, significantes variações temporais foram encontradas na razão de trocas respiratórias (RER) e nas concentrações plasmáticas de potássio em LL1; no VO2, VCO2, RER, freqüência respiratória (FR), concentrações plasmáticas de norepinefrina e potássio em LL50%; na RER e nas concentrações plasmáticas de norepinefrina, epinefrina e potássio em LL2; em na RER e concentrações plasmáticas de lactato e potássio em LW25%. Quando os dados foram normalizados pelo tempo de exaustão, algumas significantes variações temporais desapareceram. Exceções foram encontradas para RER e potássio em LL1; RER em LL50%; RER, norepinefrina e potássio em LL2; VE, RR, lactato e potássio em LW25%. Entretanto, com exceção da FR, nenhum outro parâmetro metabólico ou cardiorrespiratório aumentou significantemente depois de decorrido 50% do tempo de exercício, em qualquer das intensidades executadas, indicando a presença de um estado de equilíbrio nas variáveis metabólicas e cardiorrespiratórias, em todos os domínios de intensidade analisados. De outro lado, a PSE apresentou aumentou significante depois de decorrido 50% do tempo de exaustão nos domínios pesado (LL50% e LL2) e severo (LW25%.), quando analisada em termos relativos ao tempo de exaustão. A taxa de incremento da PSE em função do tempo de exercício foi significantemente correlacionada ao tempo de exaustão (r = -0,72 à -0,84; P < 0.05) em todas os domínios de intensidade. Conclusão: A exaustão ocorreu sem clara evidência de falha na homeostase, mesmo em exercício de domínio de intensidade severa, uma vez que não houve significante variação temporal nos parâmetros metabólicos ou cardiorrespiratórios depois de decorrido 50% do tempo de exercício. Estes resultados poderiam sugerir um mecanismo de controle centralmente regulado durante o exercício