Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Linhares Filho, Jaime Paula Pessoa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-07012020-122629/
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Resumo: |
Introdução: Durante o seguimento de pacientes com doença arterial coronariana (DAC) estável, é frequente a indicação de revascularização miocárdica, seja cirúrgica ou percutânea. Após esses procedimentos, a liberação de biomarcadores cardíacos (troponina e fração MB da creatinofosfoquinase - CK-MB), os quais estão associados a injúria miocárdica, é bastante comum. No entanto, o valor prognóstico desta liberação ainda não está bem estabelecido. Neste contexto, a ressonância magnética cardíaca (RMC) pode acrescentar informações tanto de complementação diagnóstica, como de melhor predição prognóstica. Adicionalmente, há poucos estudos avaliando biomarcadores cardíacos e novo realce tardio em um seguimento em longo prazo. Objetivo: avaliar o valor prognóstico em longo prazo da liberação de biomarcadores cardíacos e do novo realce tardio na RMC após procedimentos eletivos de revascularização miocárdica. Métodos: No período de maio de 2012 a março de 2014, foram incluídos 202 pacientes com DAC multiarterial e função ventricular preservada submetidos a revascularização miocárdica eletiva (percutânea ou cirúrgica). A coleta dos biomarcadores cardíacos em tempos pré-especificados e a RMC foram realizadas antes e após os procedimentos em todos os pacientes. O desfecho primário composto foi ocorrência de morte, infarto do miocárdio não fatal, revascularização adicional ou internação por causa cardiovascular (angina instável ou insuficiência cardíaca). As taxas de eventos foram estimadas pelo método de Kaplan- Meier, e as diferenças entre os grupos utilizando-se o teste do log-rank. Além disso, foi realizada uma análise multivariada para identificação de preditores independentes do desfecho primário e da mortalidade. O software SPSS versão 21 para Macintosh foi utilizado, e os testes foram realizados considerando nível de significância de 5%. Resultados: Em um seguimento mediano de 5 anos (4,8 - 5,8 anos), 136 (67,3%) pacientes foram submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) e 66 (32,7%) à intervenção coronária percutânea (ICP). Durante o seguimento, foi documentada a ocorrência do desfecho primário em 29 (14,3%) pacientes, dos quais 16 (11,1%) e 13 (22,4%) ocorreram nos grupos com CK-MB (pico) <= 26,35ng/ml e > 26,35ng/ml, respectivamente (p = 0,04). Pacientes que apresentaram um pico de troponina <= 5,67ng/ml e > 5,67ng/ml apresentaram 18 (11,6%) e 11 (23,4%) ocorrências do desfecho primário, respectivamente (p = 0,04). Em relação aos achados da RMC, 20 eventos (12,0%) ocorreram no grupo sem novo realce tardio e 9 (25,2%) nos pacientes com novo realce tardio (p = 0,045). Diferentemente da estratificação utilizando os marcadores de injúria miocárdica, a ocorrência de novo realce tardio associou-se a aumento da incidência de mortalidade (p = 0,02). Adicionalmente, após análise multivariada, a ocorrência de novo realce tardio mostrou-se como único preditor independente de eventos cardiovasculares e mortalidade. Conclusão: Nesta amostra, a elevação de biomarcadores cardíacos de injúria miocárdica após procedimentos eletivos de revascularização está associada ao aumento de risco de eventos cardiovasculares. Além disso, a ocorrência de novo realce tardio mostrou-se um preditor independente de eventos cardiovasculares e mortalidade |