Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Deus, Fernanda Marques de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-17012023-185933/
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Resumo: |
Introdução: A prematuridade é um problema global. Os escores de risco servem como instrumento de comparação de mortalidade entre os serviços e de avaliação sobre o impacto das novas terapêuticas. Alguns estudos avaliam possíveis marcadores biológicos como preditores de morbimortalidade. Objetivos: Determinar e comparar as performances da dosagem de troponina T no sangue de cordão umbilical, Clinical Risk Index for Babies (CRIB-II), Score for Neonatal Acute Physiology, Perinatal extension - version II (SNAPPE-II), peso de nascimento, e idade gestacional como preditores de mortalidade e morbidade em recém-nascidos prematuros com peso de nascimento menor que 1500 gramas. Métodos: Estudo de coorte prospectivo numa Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um Hospital Público Quaternário, entre 2015 e 2017. Critérios de inclusão: todos os nascidos vivos, com peso de nascimento (PN) entre 400 e 1499 gramas e idade gestacional (IG) entre 24 e 33 semanas e 6 dias. Recémnascidos que evoluíram para óbito em sala de parto, aqueles com malformações graves e/ou cromossomopatias e com hidropisia grave (nos quais a viabilidade foi considerada baixa) foram excluídos. Os desfechos primários avaliados foram: mortalidades neonatal e hospitalar. Os desfechos secundários foram: hemorragia peri-intraventricular (HPIV), displasia broncopulmonar (DBP) e retinopatia da prematuridade (ROP). A análise estatística foi realizada pela análise e comparação das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). Foram utilizados os teste de T-Student, Mann-Whitney e QuiQuadrado ou Teste Exato de Fisher, na comparação entre os grupos. Resultados: No período, nasceram 269 RN com os critérios de inclusão, destes foram excluídos 46 recém-nascidos. Houve uma perda de 74 pacientes, sendo estudados 149 RN. Não houve diferenças nos dados demográficos entre o grupo estudado e o grupo das perdas.. Na predição de óbito neonatal, as áreas sob a curva (Aroc) (intervalo de confiança) foram: PN de 0,813 (0,741-0,872), IG de 0,785 (0,710-0,848), CRIB-II de 0,785 (0,708-0,850), SNAPPE-II de 0,727 (0,648-0,797) e troponina T de 0,722 (0,643-0,792). Na predição de óbito hospitalar, as Aroc foram: PN de 0,809 (0,736-0,868), CRIB-II de 0,786 (0,709-0,851), IG de 0,769 (0,693-0834), troponina T de 0,743 (0,665-0,811) e SNAPPE-II de 0,729 (0,650-0,799). Com relação à ROP, as Aroc acima de 0,7 foram: SNAPPE-II de 0,776 (0,686-0,851) e PN de 0,735 (0,642-0,0,815). Na predição de DBP, as áreas acima de 0,7 foram: PN de 0,791 (0,704-0,862); SNAPPE-II de 0,751 (0,661-0,828); CRIB-II de 0,746 (0,650-0,826); IG de 0,742 (0,650-0,820). Para HPIV graves, as Aroc acima de 0,7 foram: SNAPPE-II de 0,718 (0,637-0,790) e IG de 0,712 (0,631-0,785). Conclusões: A troponina T teve performance satisfatória como variável independente na predição de mortalidade neonatal e hospitalar em recém-nascidos pré-termos de muito baixo peso, comparável aos escores mais utilizados nas unidades intensivas neonatais, no entanto, não obteve área abaixo da curva ROC acima de 0,7 na predição das morbidades estudadas |