Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marques, Julia Avansi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-29082019-144853/
|
Resumo: |
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da inclusão de doses crescentes de microalgas ricas em ácido docosahexaenoico (DHA) na dieta de vacas leiteiras sobre o consumo e digestibilidade aparente total (DAT) de matéria seca (MS) e nutrientes, produção, composição e perfil de ácidos graxos do leite, fermentação ruminal, balanço de nitrogênio e energia, síntese de proteína microbiana ruminal e perfil metabólico. Foram utilizadas 24 vacas em lactação da raça Holandesa [130,3 ± 75,7 DEL e 30,8 ± 2,66 kg/d de produção de leite (média ± DP)], sendo 8 destas canuladas no rúmen, distribuídas em delineamento em quadrado Latino 4 × 4, para avaliar os seguintes tratamentos: dieta basal sem adição de microalgas; e suplementação de doses crescentes de microalgas ricas em DHA (2 g, 4 g e 6 g/kg de MS; All-G-Rich™, Alltech®, Nicholasville, KY). As dietas foram formuladas de acordo com o NRC (2001), para serem isoenergéticas, isoproteicas e isolipídicas. Cada período experimental teve duração de 21 dias, com 14 dias de adaptação e 7 de coleta. A inclusão de microalga reduziu a ingestão de MS, matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE). Houve aumento linear da DAT da MS, MO, PB e EE com o aumento da dose de microalga, enquanto houve tendência para efeito quadrático sobre a DAT da FDN, com máximo valor estimado para a dose 4,13 g/kg MS de microalga. A inclusão de microalga afetou de maneira quadrática a produção de leite corrigida para 3,5% de gordura (PLCG) e para o teor de energia (PLCE), além de tender a afetar de maneira quadrática a produção de leite, sendo as máximas produções observadas em doses intermediárias. Os teores de gordura, proteína e lactose foram reduzidos linearmente com a inclusão de microalga, enquanto a eficiência produtiva foi aumentada linearmente. A adição de microalga reduziu linearmente a proporção de ácidos graxos saturados e aumentou linearmente a proporção de ácidos graxos poliinsaturados na gordura do leite. Houve baixa detecção de DHA no leite; porém, a inclusão de microalga reduziu a proporção de C18:0, C18:1 cis-9, C18:2 cis-9,12, e C18:3 cis-9,12,15, e aumentou a proporção de C18:2 cis-9, trans-11, C18:1 trans-9 e C18:1 trans-11. A inclusão de microalga reduziu o consumo de energia bruta, porém não afetou o consumo de energia digestível, metabolizável ou líquida. A adição de microalga afetou quadraticamente a síntese de proteína microbiana, com máxima síntese estimada na dose 3,24 g/kg MS. Houve aumento do pH ruminal e redução da concentração ruminal de acetato e ácidos graxos de cadeia curta com a adição de microalga. Portanto, a inclusão de microalga na dieta de vacas leiteiras reduz o consumo e eleva a digestibilidade dos nutrientes, bem como a eficiência produtiva, modificando o perfil de ácidos graxos do leite. Doses intermediárias estimadas (1,22 a 2,90 g/kg MS) de microalga podem ser benéficas à produção de leite, PLCG e PLCE, sendo recomendadas para vacas em lactação. |