Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pietropaolo, Renata Ferrari |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-17112022-123335/
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Resumo: |
A educação infantil paulistana é singular já em sua origem: um projeto da secretaria de cultura na gestão Mario de Andrade, voltado para crianças filhas de operários, que tinha como ponto central a literatura em suas variadas formas, a cultura popular, as artes e o esporte. Daquele momento para hoje, muita coisa se transformou na cidade de São Paulo e no país. O Brasil passou por momentos políticos diversos, com diferentes concepções de educação para a infância, as quais produziram efeitos sobre as proposições curriculares voltadas para esse nível de escolarização. Como propõe Arroyo (2013), as disputas curriculares refletem as disputas políticas, sociais, de Estado e econômicas de um determinado tempo e de uma determinada sociedade. Assim, diferentes documentos de referência curricular para a Educação Infantil foram publicados no país: em âmbito nacional, houve a publicação da LDB no ano de 1996; a publicação do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, em 1998, e, mais recentemente, a Base Curricular Nacional. Embora a documentação produzida com objetivos de orientação curricular tenha o objetivo de referenciar a prática docente e funcione como um dispositivo de divulgação de concepções teóricas e metodológicas, sua apropriação docente se realiza no interior da cultura escolar com sua heterogeneidade, complexidade e diversidade. Professores formados em momentos diversos, que adentram a educação infantil em distintos períodos, estabelecem vínculos e dão vozes e corpos às concepções teóricas e metodológicas, bem como a proposições de práticas a serem desenvolvidas, a partir de suas visões e de seus entendimentos. Num olhar discursivo ancorado na teoria bakhtiniana, considera-se nesta pesquisa que a cultura escolar e as práticas docentes são constituídas por muitas vozes, num jogo social, como observado por Chartier (2002), em que esses discursos se constroem de maneira interdependente. Referenciando-se na proposta de Chartier (2002), este estudo se propõe à compreensão das formas e dos motivos (p.19) com base nos quais os professores da educação infantil afirmam fundamentar o trabalho que realizam com a literatura nessa etapa da vida escolar. Assim, a análise dos discursos de professores de educação infantil da rede municipal de São Paulo foi realizada com o objetivo de conhecer as concepções que fundamentam a prática docente quando se trabalha com a literatura na educação infantil. Os resultados evidenciam as tensões e acomodações que se operam nos processos de apropriação de concepções teóricas e metodológicas em circulação na cultura escolar e seus efeitos na prática docente com a literatura na educação infantil paulistana. |