Exportação concluída — 

Seleção hospedeira, controle de qualidade in vivo e criação in vitro de três espécies de tricogramatídeos neotropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dias, Nívia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-15072008-143405/
Resumo: Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogrammatoidea annulata De Santis, 1972 e Trichogramma bruni Nagaraja, 1983 são espécies que ocorrem naturalmente no Brasil, e assim como outras espécies de tricogramatídeos neotropicais apresentam potencial de utilização em programas de controle biológico. Todavia, para que essa estratégia seja implementada faz-se necessário um sistema eficiente de criação massal, baseando-se, principalmente, na escolha do hospedeiro adequado para multiplicação do parasitóide com qualidade. Normalmente são utilizados os hospedeiros alternativos Sitotroga cerealella (Olivier, 1819), Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) e Corcyra cephalonica (Stainton, 1865); a produção destes hospedeiros é equivalente a mais de 70% dos custos de produção. Um sistema de criação que independa desses hospedeiros, como a criação in vitro, seria ideal para simplificar a linha de produção de parasitóides. Os objetivos deste trabalho foram: 1) selecionar o hospedeiro alternativo mais adequado para criação de T. atopovirilia, T. annulata e T. bruni, e avaliar os efeitos da criação destes parasitóides por sucessivas gerações, em suas características biológicas, incluindo capacidade de vôo e tabela de vida de fertilidade; 2) estudar a viabilidade da criação in vitro destas espécies de parasitóides. Concluiu-se que o hospedeiro alternativo afetou as características biológicas e a capacidade de vôo das espécies estudadas. Para T. atopovirilia, C. cephalonica e/ou A. kuehniella foram os hospedeiros alternativos mais adequados para sua criação, enquanto que para T. annulata e T. bruni C. cephalonica foi o hospedeiro preferencial. No entanto, com base na atividade de vôo, T. bruni não demonstrou potencial adaptativo ao longo das gerações avaliadas em nenhum dos 3 hospedeiros alternativos. As demais espécies apresentaram potencial adaptativo aos hospedeiros preferenciais. Com base em todos os parâmetros avaliados S. cerealella foi o pior hospedeiro para as 3 espécies de parasitóides estudadas. Foi possível a criação in vitro de T. atopovirilia, desde o parasitismo até a emergência dos adultos, numa dieta artificial composta de holotecidos pupais de Heliothis virescens Fabr. (65%), gema de ovo (18%), soro fetal bovino (8,5%), hidrolisado de lactoalbumina (8,5%) e anticontaminantes (0,3%). A dieta não permitiu o desenvolvimento de T. annulata e T. bruni. Os parasitóides criados in vitro apresentaram características semelhantes aos insetos criados in vivo, quando foram transferidos para o hospedeiro alternativo.