Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Ellen Carrara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-10042018-140930/
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Resumo: |
O pterígio é uma degeneração benigna da conjuntiva, que se estende em direção à córnea e acomete principalmente adultos habitantes de regiões intertropicais. A prevalência mundial varia de 0,7 a 31%. A patogênese exata permanece incerta, mas evidências atuais sugerem a participação de fatores genéticos e ambientais, principalmente a exposição crônica à radiação ultravioleta. O tratamento pode ser clínico, com uso de colírios para melhora dos sintomas, ou cirúrgico. Até os anos de 1980, a técnica de ressecção do pterígio com manutenção de área de esclera nua era predominante, porém apresentava taxas muito elevadas de recidiva. Desde então, tem-se procurado técnicas adjuvantes a essa para obtenção de melhores resultados e redução do número de recorrência. O presente estudo busca, por meio de comparações diretas e indiretas da network metanálise, identificar qual, dentre as várias técnicas utilizadas, seria a melhor a ser empregada. Após pesquisa em bases de dados foram selecionados 24 ensaios clínicos randomizados, computando 1815 olhos em 1668 pacientes, sendo possível comparar os seguintes tratamentos adjuvantes à técnica de esclera nua: associação de 5-Fluorouracil (5-FU), Betaterapia, Mitomicina C (MMC) em diferentes concentrações e Ciclosporina, além de transplante de membrana amniótica (TMA) e enxerto conjuntival, também associado ao uso de Bevacizumab, MMC e Ciclosporina. Foi possível realizar comparações diretas entre os seguintes tipos de intervenções: esclera nua versus esclera nua + Ciclosporina gotas 0,05%, enxerto conjuntival versus esclera nua + MMC 0,02% intraoperatória, enxerto conjuntival versus transplante de membrana amniótica, esclera nua versus esclera nua + MMC 0,02% intraoperatória e esclera nua versus enxerto conjuntival, sendo considerados os melhores, respectivamente: esclera nua + Ciclosporina gotas 0,05%, enxerto conjuntival, enxerto conjuntival, esclera nua + MMC 0,02% e enxerto conjuntival. Em relação à network metanálise, o ranqueamento ordenado do melhor para o pior procedimento na redução de recidiva foi o seguinte: enxerto conjuntival + Ciclosporina gotas 0,05%, esclera nua associada à MMC < 0,02%, esclera nua + Betaterapia (dose única de 2500 cGy), enxerto conjuntival + Betaterapia (dose única de 1000 cGy), esclera nua + MMC gotas 0,02%, enxerto conjuntival, esclera nua + MMC > 0,02%, esclera nua + Ciclosporina gotas 0,05%, esclera nua + 5FU intraoperatório 5%, transplante de membrana amniótica, esclera nua + MMC 0,02%, enxerto conjuntival + Bevacizumab gotas 0,05%, esclera nua + Bevacizumab e esclera nua. Em conclusão, diante das inúmeras possibilidades de combinações de tratamento para o pterígio, foi possível se estabelecer, a partir das técnicas comparadas em estudos clínicos publicados e disponibilidade dos recursos em cada serviço, o tratamento com menor recidiva. |