Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Diego de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-21022011-151902/
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Resumo: |
Acidentes ofídicos constituem um problema de saúde publica. Estudos prévios indicam que constituintes do veneno de Crotalus durissus terrificus injetados sistemicamente promovem, agudamente, aumento dos níveis de ansiedade em ratos; se injetados topicamente na formação hipocampal, região intimamente ligada a processos de memória espacial e ansiedade, induzem alterações citoestruturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em ratos, efeitos comportamentais decorrentes da injeção sistêmica de veneno bruto de Crotalus durissus terrificus e a eficácia do soro anticrotálico em prevenir esses prejuízos quando administrado variáveis intervalos de tempo depois do envenenamento. Ratos submetidos a uma única injeção sistêmica de veneno bruto 7 dias antes do inicio dos testes foram avaliados nas tarefas de memória de referencia e de memória operacional no labirinto aquático de Morris, e também a uma tarefa envolvendo uma plataforma visível no mesmo aparelho. A seguir, os animais foram submetidos ao paradigma do teste-reteste no labirinto em cruz elevado. Os resultados mostraram que houve prejuízos de memória de referencia e de memória operacional; este último efeito ocorreu quando o intervalo entre as tentativas foi de 10 minutos, mas não quando foi de zero minutos. Potenciais efeitos sensoriais e motores foram excluídos. Alem disso, houve substancial aumento nos níveis de ansiedade. A administração de soro anti-crotálico preveniu os principais prejuízos de memória desde que realizada em ate 10 horas apos a injeção do veneno (foram testados intervalos de 0, 0,5, 2, 10 e 24 horas, em grupos independentes de animais)..O grupo tratado com soro anti-crotálico 24 horas depois do envenenamento apesar de prejudicado em relação aos grupos controle (um injetado com salina e o outro apenas com soro), exibiu desempenho melhor do que o grupo tratado apenas com veneno. Assim, o presente conjunto de resultados representam a primeira demonstração de que (1) uma única dose sistêmica do veneno crotálico produz prejuízos de memória espacial em ratos e aumenta os níveis de ansiedade avaliados 4 semanas apos a injeção, e (2) os prejuízos de memória podem ser prevenidos pela administração de soro anticrotálico desde que essa administração ocorra em ate 10 horas apos o envenenamento. |