Timbre em O King, de Luciano Berio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: José Falcão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05112024-145423/
Resumo: A presente dissertação debruça-se sobre uma extensa análise de O king (1968), de Luciano Berio, a fim de se verificar como a escritura do compositor - entendida como ato de imaginação e especulação com a ideia musical no espaço notacional - organiza os diversos parâmetros musicais, com vistas a criar o timbre resultante. Busca-se, da mesma forma, responder à seguinte questão: o timbre é pensado como parâmetro gerador de sintaxe e estruturados da forma musical? Para tanto, parte-se de uma pequena história do timbre, em que não apenas se expõe como essa noção se materializa e toma a frente do pensamento musical do período Barroco até a vanguarda do pós-guerra, como também propõe-se a aplicação a esse processo histórico dos conceitos de individualização, de Gilbert Simodon, e de excesso não regulado, de Vladimir Safatle. Em seguida, realizam-se duas análises ligeiras da Sequenza I (1958) e das Folk Songs (1964), a partir da perspectiva do timbre, como forma de exemplificar o trabalho consciente do compositor com esse parâmetro musical complexo. Por fim, adentra-se a parte principal do trabalho, a análise de O King, dividida em quatro perspectivas: harmonia; fonética; articulação em sentido amplo (modes de jeu); e comparação entre as versões para conjunto de câmara e mezzo-sopramo e orquestra e oito vozes. Conclui-se pela participação ativa do timbre na formação da sintaxe e da articulação formal em O king.