Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Diogo Barreto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-05022021-092108/
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Resumo: |
A proposta desta dissertação foi realizar uma análise detalhada dos desafios encontrados no desenvolvimento e utilização de modelos econométricos para a projeção da demanda futura de transportes. Para tal, foi realizado uma análise comparativa do estado da prática e do estado da arte sobre um exemplo concreto - Aeroporto de Viracopos (SBKP) -, na tentativa de extrair lições e depurar recomendações. Cada exemplo representativo foi sintetizado num \"boneco\", cuja denominação utilizamos para representar a essência de cada abordagem ou especificação. A pesquisa então comparou a performance dos diferentes \"bonecos\" quanto à demanda efetivamente realizada, através de uma projeção intra-série até 2018. Uma constatação geral é que as especificações dos modelos econométricos seriam relativamente homogêneas e de natureza mais simples. Os resultados desta pesquisa indicam que o ganho de aderência e capacidade de projeção entre eles se mostrou relativamente pequeno. No desenvolvimento da pesquisa e discussão dos resultados, pudemos observar que existe uma imprevisibilidade inerente ao processo de planejamento de transportes. Mesmo expurgando o que, tipicamente, é apontado como o maior responsável pelos desvios - a projeção das variáveis explicativas (variáveis de entrada) - a projeção ainda estaria sujeita a grandes desvios. Para endereçar essa questão, propusemos a utilização de alguns indicadores de contorno, como a evolução da taxa média de viagens, assim como a evolução da renda média. Entendemos que tratamentos simples como esses trazem sanidade ao exercício de planejamento e recomendamos a sua adoção, especialmente, para projeções de longo prazo. Das obrigações do contrato de concessão, recomendamos condicionar, estritamente, qualquer investimento ao atingimento de gatilhos de demanda. Ao final, concluímos que o problema do Aeroporto de Viracopos esteve longe da econometria, ou seja, que o sucesso da projeção e da concessão não dependia de se ter um bom modelo econométrico. |