Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Lóris Aparecida Prado da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-17032021-123536/
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Resumo: |
A associação entre alterações hemodinâmicas e metabólicas, como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, resistência à insulina e dislipidemias caracterizam a síndrome metabólica. Outro fator que pode favorecer o desenvolvimento da síndrome metabólica é o tratamento oncológico, por meio de alterações de peso, alterações no gasto energético e estresse metabólico decorrentes dos medicamentos utilizados, especialmente aqueles que compõem os protocolos de quimioterapia. Em função disso, o objetivo geral deste estudo foi avaliar se o tratamento quimioterápico e seus eventos adversos podem contribuir com o desenvolvimento da síndrome metabólica em mulheres com câncer de mama. Foi desenvolvido estudo de coorte prospectivo, que incluiu 60 mulheres com diagnóstico de câncer de mama com indicação de tratamento quimioterápico, maiores de 18 anos e com estadiamento clínico de I a III. As participantes foram acompanhadas por meio de avalições periódicas pré-estabelecidas por, aproximadamente, seis meses após o início da quimioterapia. As variáveis estudadas foram: desenvolvimento da síndrome metabólica após o tratamento, valores pressóricos, dados antropométricos e medidas de composição corporal, perfil lipídico e glicêmico, além da investigação da ocorrência dos eventos adversos relacionados a terapêutica. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. O estudo apontou que a idade das participantes variou de 26 a 64 anos sendo a média de 46,4 anos (DP=9,2). Em relação aos dados antropométricos e de composição corporal, foi possível observar que, em todos os períodos de avalição, as participantes eram pré-obesas e obesas de acordo com o índice de massa corporal e o índice de massa gorda; estavam na faixa de maior risco metabólico segundo a mensuração da circunferência da cintura, e apresentavam-se com a relação cintura/quadril elevada. Em relação aos valores pressóricos, estes se apresentaram elevados, caracterizando hipertensão arterial estágio 3. Os eventos adversos à quimioterapia apresentaram elevada incidência, destacando-se a disgeusia e a fadiga. Em relação aos exames bioquímicos hematológicos, observou-se elevação dos níveis séricos, com destaque para os triglicerídeos e o colesterol total e redução de colesterol lipoproteína de alta densidade. Entre as participantes, 68,3% desenvolveram a síndrome metabólica ao término da quimioterapia, sendo que destas 58,5% tinham idade entre 32 e 49 anos e 24,3% já eram hipertensas. Conclui-se que a quimioterapia para o câncer de mama e seus eventos adversos podem favorecer o desenvolvimento da síndrome metabólica. Esses achados demonstram que a referida condição está associada a piora da qualidade de vida e sobrevida de mulheres em tratamento oncológico, além de oferecer subsídios para melhorar a prática clínica e assistencial do enfermeiro que atua na oncologia. |