O bibliotecário como mediador cultural: concepções e desafios à sua formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Celly de Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-26092016-145726/
Resumo: Este trabalho interroga a formação do bibliotecário como um mediador cultural, sujeito comprometido com processos de apropriação e de protagonismo cultural no país. A pesquisa parte da hipótese de que a mediação cultural, intrínseca à profissão de bibliotecário, é tratada de forma insuficiente e confusa em normas, diretrizes e orientações para a sua formação. Desenvolve pesquisa bibliográfica e documental para compreender e aprofundar questões em torno dos conceitos estudados. Identifica e analisa documentos orientadores que manifestam representações do profissional bibliotecário - manifestos da International Federation of Library Associations and Institutions e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, além da lei brasileira que regulamenta a profissão de bibliotecário e de diretrizes do Ministério da Educação. Também desenvolve pesquisa documental em propostas brasileiras e francesas de cursos de mediação cultural - graduação e pós-graduação - no sentido de embasar a ideia do \"bibliotecário mediador cultural\", já que as propostas permitem inferir descrições de mediador cultural. Percebe que nas normas, diretrizes e nos documentos orientadores o bibliotecário não é colocado de forma clara como um mediador cultural, tampouco como negociador cultural, mas como um educador e difusor de cultura, que oferta serviços direcionados à assimilação e ao consumo cultural, deixando de responder à demanda da apropriação e protagonismo cultural. Considera que o desafio que precede todos os outros, para a formação do bibliotecário como mediador cultural, é o de refletir, discutir, teorizar e explicitar os conceitos de formação, superando a visão dualista (tecnicismo x humanismo, técnica x prática, fazer x pensar...) que vem orientando historicamente a Ciência da Informação e a Biblioteconomia.