Aspectos da biologia da Digitaria insularis resistente ao herbicida glyphosate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Reinert, Camila Schorr
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-17122013-113100/
Resumo: A utilização frequente de glyphosate em sistemas de produção envolvendo as culturas de soja e milho, resistentes ao glyphosate, tem selecionado populações resistentes de plantas daninhas a este herbicida, sendo comum no Brasil a ocorrência de populações resistentes de capim amargoso (Digitaria insularis). Para manejo racional destas populações, há necessidade de medidas alternativas envolvendo herbicidas e práticas culturais, as quais somente podem ser empregadas adequadamente com o conhecimento da biologia da planta daninha, porém atualmente pouco se sabe sobre a biologia do capim amargoso. Portanto, este trabalho teve como objetivo obter informações básicas da biologia das populações de capim-amargoso suscetíveis e resistentes ao herbicida glyphosate. Para isso, foram conduzidos três ensaios no Departamento de produção Vegetal da ESALQ/USP, em Piracicaba - SP, durante o ano de 2012. Para isso foram coletadas sementes do biótipo resistente no município de Matão, São Paulo, e as sementes do biótipo suscetível no município de Piracicaba, São Paulo. A determinação do fator de resistência entre estes biótipos ao glyphosate foi determinas a partir da elaboração de curvas de dose-resposta no estádio de desenvolvimento de 3 a 4 perfilhos do capim amargoso. Em seguida, foram conduzidos experimentos para avaliar a germinação e quantificação de massa seca produzida sob efeito de diferentes volumes da cobertura do solo com resíduos de milheto. Também foram desenvolvidos ensaios para avaliar a longevidade das sementes dos biótipos resistentes e suscetíveis, conduzidas em diferentes profundidades no solo. Através do modelo de curva dose-resposta foi possível quantificar o fator de resistência (GR50) a partir do programa estatístico R obtendo o valor de 16,66, comparando-se o biótipo resistente ao suscetível. O aumento da quantidade de palha de milheto sobre as sementes proporciona diminuição do peso de matéria seca de plântulas de Digitaria insularis, tanto resistente como suscetível ao glyphosate, sendo percebida de forma mais acentuada nos tratamentos 4,0 e 8,0 ton ha-1. O biótipo resistente apresenta número de plântulas significativamente maior que o biótipo suscetível, independentemente da quantidade de palha. Não é possível concluir que as sementes dos biótipos resistentes possuem maior longevidade que as sementes dos biótipos suscetíveis, sendo que a presença de luz é indiferente para a sua germinação.