Distribuição e autocorrelação espacial da hipertensão arterial e seus fatores de risco no Brasil, 2008-2009

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bellão, Fabiana Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-29102015-105207/
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial (HA) é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) que contabiliza 9,4 milhões das mortes a cada ano. Esta doença é caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (PA) e se apresenta no Brasil com uma alta prevalência. O uso de tabaco, dieta não saudável, atividade física insuficiente e o consumo de álcool estão entre os fatores de risco para o acometimento da hipertensão arterial. Objetivo: Verificar a distribuição e a autocorrelação espacial da prevalência de hipertensão arterial e fatores de risco associados em adultos no Brasil, no período de 2008 e 2009. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico utilizando dados nacionais, no período de 2008 e 2009, para a faixa etária de 20 a 59 anos. As fontes dos dados são: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional (SISVAN). Primeiramente a caracterização e descrição das variáveis foram desenvolvidas. Mapas temáticos foram criados para a visualização da distribuição geográfica da hipertensão arterial e os fatores de risco no Brasil. O teste de adesão a curva de normalidade foi aplicado para as variáveis de interesse. Para o desenvolvimento da análise espacial, foi utilizado o Índice de Moran Global e Local para a identificação da autocorrelação e dos padrões espaciais. O coeficiente de correlação de Spearman foi calculado, a fim de testar a correlação entre as variáveis. Posteriormente, foi construído um modelo de regressão linear múltiplo seguindo o esquema stepwise. Foi realizado a análise de Moran do resíduo para verificar a presença de cluster espacial dos resíduos da análise de regressão. Resultados: As menores prevalências de hipertensão arterial foram encontradas na região Norte, e em alguns estados do Nordeste. O Rio de Janeiro foi o estado que se destaca com a maior prevalência de HA encontrada. A análise do Índice de Moran Global apontou que somente a prevalência de hipertensão arterial não apresentou padrão de cluster. O coeficiente de correlação de Spearman indicou que a prevalência de hipertensão arterial apresentou correlação positiva com todas as variáveis independentes, e que a maior correlação da hipertensão arterial foi com o consumo médio de sódio. Na análise de regressão linear múltipla, a única variável independente que explicou a prevalência de hipertensão arterial foi o consumo médio de sódio. A análise de Moran do resíduo não demonstrou dependência espacial entre a prevalência de hipertensão arterial e o consumo médio de sódio. Conclusões: É possível concluir que o acometimento da HA em adultos brasileiros atinge patamares que demonstram a necessidade de maiores investigações sobre a sua distribuição no país a fim de garantir a melhor abordagem de prevenção e intervenção em cada área geográfica. As técnicas de análise espacial e geoprocessamento se mostram como uma nova ferramenta, que podem ser úteis na gestão e na determinação de programas que contribuem para o desenvolvimento das ações voltadas para HA, de acordo com cada região, estado e até município.