Estudo prospectivo, placebo-controlado, randomizado e duplo-cego, para avaliar segurança e eficácia do uso de Estimulação Magnética Transcraniana Profunda (EMTp) na cessação do tabagismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bellini, Bianca Boura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-03052023-124054/
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde considera a epidemia do tabaco uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou. A Estimulação Magnética Transcraniana usa pulsos magnéticos para modular a atividade cerebral. Estudos iniciais sugerem que este método possa ajudar no tratamento de dependências químicas, incluindo o tabagismo, ao estimular o córtex pré-frontal e a ínsula bilateralmente. O principal objetivo deste estudo é avaliar eficácia e segurança da Estimulação Magnética Transcraniana Profunda (EMTp) no tratamento do tabagismo. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico duplo-cego, randomizado, placebo (sham) controlado. O protocolo envolveu 21 sessões distribuídas por 12 semanas de tratamento. Foram usadas ferramentas de avaliação de abstinência: Escala Minnesota de Abstinência de Nicotina e Questionário de Fissura por Tabaco; de humor: Hamilton para depressão e ansiedade; e testes cognitivos. A redução ou cessação do tabagismo foi monitorada por autorrelato de consumo, confirmada por monoximetria de ar expirado (cessação se CO 3 ppm) e cotinina sanguínea (cessação se nível sérico menor que 25 ng/mL). Resultados: No conjunto Intenção de Tratar (n=100), a taxa de cessação em cada braço, ativo e sham, foi de 14%, não havendo diferença estatística entre eles (p= 1,000; IC 95%: 5,8% a 26,7%). Em ambos os grupos houve redução similar no consumo de cigarros e nos biomarcadores. Os instrumentos de avaliação de abstinência e humor não apontaram diferença significativa entre os grupos. Na avaliação cognitiva observou-se efeito positivo no grupo ativo, sem relação com a cessação do tabagismo. Não houve eventos adversos graves. Os efeitos colaterais relatados foram os esperados para este método de tratamento. Conclusão: O tratamento ativo com EMTp não foi eficaz para a cessação do tabagismo. A tendência de efeito encontrada na melhora cognitiva deve ser melhor investigada futuramente. O método de EMTp foi seguro na nossa casuística