Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Tatiana Leite |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-12052010-170413/
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Resumo: |
Atualmente, quatro principais modelos discutem o Povoamento da América. O mais antigo defende a entrada de três levas migratórias (Greenberg et al., 1986), outro modelo, duas (Neves et al., 1989), o modelo genético, apenas uma (Bonatto & Salzano, 1997) e, recentemente, Gonzalez-José et al. (2008) apresentaram um modelo de fluxo continuo. O presente trabalho investigou as afinidades biológicas de uma população paleoíndia brasileira, a de Lagoa Santa, com antiguidade estimada entre 11.500-7.500 A.P., comparando-a a outras populações mundiais (Banco de Dados Hanihara). A investigação baseou-se em análise odontométrica (diâmetros dentários mesiodistais e bucolinguais). Os dentes apresentam alta herdabilidade, morfogênese estável, grande representatividade arqueológica e são pouco influenciados por fatores ambientais imediatos. As afinidades biológicas dos paleoíndios de Lagoa Santa foram exploradas por Análise Multivariada, com a aplicação de Análise de Componentes Principais e Matrizes de Dissimilaridade (Euclidianas e Mahalanobis), estas últimas visualizadas por Análises de Cluster e de Escalonamento Multidimensional. Diferentes sets de análises foram realizados, para ambos os sexos considerando-se tamanho e forma e somente forma. Os resultados apresentados demonstram uma forte tendência de diferenciação da população de Lagoa Santa em relação às populações nativas americanas tardias e atuais, associando-se mais fortemente com Polinésios e Sudeste Asiáticos. Estes resultados questionam a homogeneidade dos nativos americanos e apóiam fortemente o modelo dos Dois Componentes Biológicos Principais (Neves et al., 1989). |