Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lugo, Lisbek Cruz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-17102018-162012/
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Resumo: |
As receptoras de embriões bovinos devem possuir um ambiente uterino adequado para o desenvolvimento do embrião, estabelecimento da gestação e nascimento de um bezerro saudável. Apesar dos avanços tecnológicos, a perda embrionária ainda permanece elevada, resultando em taxas de prenhez reduzidas após a transferência de embriões (TE). A progesterona (P4) apresenta papel importante nos processos de estabelecimento e manutenção de gestação em fêmeas bovinas. Diversos estudos evidenciaram que o tratamento com P4 injetável de longa ação (P4LA) após a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) pode favorecer o estabelecimento da gestação e aumentar as taxas de concepção. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar se o tratamento com P4LA após a ovulação sincronizada em receptoras de embriões produzidos in vitro (PIV) resultará em aumento na concentração de P4 e na taxa de prenhez, sem comprometer o desenvolvimento do corpo lúteo (CL). Para isso, o presente estudo foi dividido em dois experimentos. O Experimento 1 foi realizado no Brasil com 41 vacas Bos indicus (Nelore) tratadas com um dispositivo intravaginal de P4 e 2 mg de benzoato de estradiol (BE) i.m. no D-10. No D-2, o dispositivo foi removido e as vacas receberam 300 UI de gonadotrofina coriônica equina (eCG) e 0,530 mg de cloprostenol sódico (PGF). No D-1, foi administrado 1 mg de BE para a indução da ovulação. Das 41 vacas, 36 (87,8%) ovularam e foram aleatoriamente distribuídas em três grupos experimentais: Controle (n = 13), sem tratamento adicional; P4D4 (n = 11), administração de 150 mg de P4LA i.m no D4; e P4D7 (n = 12), administração de 150 mg de P4LA i.m. no D7. Foram realizadas avaliações ultrassonográficas Color Doppler para verificar a perfusão do CL e colheitas de sangue para análise da concentração de P4 do D4 ao D7 a cada 24 h e do D7 ao D25 a cada 48 h. Verificou-se interação tratamento*tempo (P = 0,004) para concentração plasmática de P4, com aumento transitório na concentração de P4 24h após a administração de P4LA no D4 e D7. Entretanto, não ocorreu interação tratamento*tempo para o diâmetro do CL (P = 0,59) e tampouco efeito dos tratamentos no fluxo sanguíneo central (FSC; P = 0,97) e periférico (FSP) do CL (P = 0,97). No experimento 2, o mesmo protocolo de sincronização descrito no experimento 1 foi empregado em 787 receptoras mestiças sincronizadas para TE na República Dominicana. Destas, 69,9% apresentaram CL > 14 mm no D4 e foram distribuídas aleatoriamente nos 3 grupos experimentais: Controle (n = 168), P4D4 (n = 201) e P4D7 (n = 181). A TE de embrião PIV foi realizada no D7 e o diagnóstico de gestação foi realizado por ultrassonografia no D30 e D60. A taxa de concepção aos 30 dias [Controle: 41,4% (70/168); P4D4: 42,3% (89/201); P4D7: 41,2% (80/181); P = 0,41], aos 60 dias [Controle: 36,3% (61/168); P4D4: 39,8% (80/201); P4D7: 38,1% (69/181); P = 0,49] e a perda gestacional [Controle: 5,4% (9/168); P4D4: 4,5% (9/201); P4D7: 6,1% (11/181); P = 0,73] não diferiram entre os tratamentos. Em conclusão, apesar do aumento da concentração plasmática de P4 após os tratamentos com P4LA no D4 ou D7, não foi observado efeito positivo desses tratamentos na taxa de prenhez e na perda gestacional de receptoras de embriões bovinos. Além disso, os tratamentos com P4LA não comprometeram o desenvolvimento do CL. |