Determinação da virulência de isolados brasileiros de Toxoplasma gondii em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Marina Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-15062018-160720/
Resumo: Os isolados de Toxoplasma gondii encontrados no Brasil apresentam grande variedade genética. No país, foram verificadas quatro linhagens clonais, denominadas tipo BrI, BrII, BrIII e BrIV. Dentre elas, a virulência para camundongos varia, sendo BrI virulenta, BrIII não virulenta e, as linhagens BrII e BrIV são consideradas de virulência intermediária. A definição da virulência desses isolados é feita, na maioria dos estudos, a partir do isolamento por bioensaio, com a determinação da mortalidade de camundongos infectados. No entanto, a dose de T. gondii inoculada nesses animais é desconhecida e, assim, trata-se de um método impreciso para caracterização da virulência. Dessa maneira, este estudo tem por objetivo avaliar a virulência, em camundongos, de 22 isolados brasileiros de T.gondii, utilizando inóculos padronizados. Para o teste de virulência, utilizou-se taquizoítas de cada um dos isolados, em três concentrações (10¹, 10² e 10³). Cada dose foi inoculada via intraperitoneal em grupos formados por quatro camundongos heterogênicos fêmeas, de oito semanas de idade, da linhagem Swiss Webster. A mortalidade dos animais foi observada por 30 dias e, baseando-se nesses dados, além do tempo decorrido pós-inoculação até a morte dos animais, determinou-se a virulência dos isolados. Dos 22 isolados brasileiros incluídos nesse estudo, sete (32%) foram definidos como de virulência intermediária, pois houve sobrevivência de animais infectados e a mortalidade foi dose-dependente. Além disso, 15 (68%) foram considerados virulentos, uma vez que causaram a morte de todos os camundongos independente da dose analisada. Comparando as classificações definidas pelo bioensaio e pelo teste de virulência, 83% dos isolados virulentos analisados se mantiveram como virulentos, em contrapartida os isolados não virulentos e de virulência intermediária pelo bioensaio mostraram um fenótipo de maior virulência no teste. Devido à predominância de isolados virulentos no Brasil, o uso de uma metodologia padronizada para determinação da virulência em camundongos é de pouca utilidade epidemiológica.