Desenvolvimento de Competências e Habilidades apontadas no ENEM para a área de Química: ensino por meio de Situações-problema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Luigi, Camila Alexandra Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-02052019-160055/
Resumo: Considerando que o Exame Nacional do Ensino Médio influencia práticas de ensino, este trabalho tem como proposta verificar como Situações-problema (ZABALA e ARNAU, 2010) articuladas ao Ensino de Química podem promover o desenvolvimento de Competências e Habilidades exigidas pelo ENEM. Desenvolvemos e aplicamos uma sequência de atividades em um Cursinho Popular Comunitário. Os objetivos de trabalho consistiram em analisar as atividades procurando evidenciar as principais dificuldades conceituais e cognitivas dos alunos na resolução dos problemas, realizar um acompanhamento individual dos estudantes para verificar evoluções ou superações das dificuldades, contribuir com práticas pedagógicas no Ensino de Química, e desenvolver um estudo dos principais documentos oficiais. De forma contraditória as próprias questões do ENEM nem sempre desenvolvem Competências e Habilidades, apresentando um caráter conteudista. Assim, criamos e aplicamos situações que problematizaram o ensino. Os dados deste trabalho foram obtidos através da resolução de questões reelaboradas do próprio ENEM e outras criadas. Como análise de dados foi empregada a ferramenta Análise de Conteúdos proposta por Bardin (1977), apoiando-se em referenciais teóricos que investigam o desenvolvimento de habilidades cognitivas de alta e baixa ordem para a criação de categorias (MARCONDES E SUART (2008) e ZOLLER, (1993)). Os alunos apresentaram melhores rendimentos em questões de baixa ordem cognitiva que, segundo Zoller (1993), significa maior facilidade em recordar a informação, aplicar conhecimentos ou algoritmos memorizados. Quanto ao rendimento em questões que demandaram alta cognição, incialmente apresentou-se baixo, mas após a participação nas sequências de atividades, houve um aumento gradual e significativo. O que representou o domínio de investigação e resolução de problemas muitas vezes pouco familiares aos alunos e a tomada de decisões (ZOLLER, 1993). Acreditamos que conhecer o aluno de forma individualizada foi importante para que pudéssemos acompanhar suas dificuldades e avanços. Diversas foram as razões que comprometeram a resolução adequada dos problemas propostos, como o nível de envolvimento e compreensão dos alunos, a forma de aplicação dos conhecimentos adquiridos, e também, dificuldades conceituais e de raciocínios matemáticos. Apesar das dificuldades, ensinar por meio de competências e habilidades certamente correspondem à forma ideal de ensino. E como educadores temos a obrigação de enfrentar os desafios cotidianos da educação.