Experiências anômalas na vida cotidiana: experiências extra-sensório-motoras e sua associação com crenças, atitudes e bem-estar subjetivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Machado, Fatima Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-16122009-100608/
Resumo: Este survey interseccional teve como objetivo verificar a prevalência de experiências anômalas extra-sensório-motoras (ou experiências psi) comparando características demográficas, práticas, crenças, religiosidade e níveis de bemestar subjetivo (BES) de experienciadores (EXPs) e não experienciadores (NEXPs) de psi. Para a coleta de dados, foi elaborado e aplicado o Questionário de Prevalência e Relevância de Psi (Q-PRP) com 35 itens, juntamente com a Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES) (Albuquerque e Tróccoli, 2004). Dos 306 respondentes (idades de 18 a 66 anos) que participaram da pesquisa, 82,7% alegaram ter vivenciado pelo menos uma experiência anômala extra-sensóriomotora. Não foi encontrada diferença significante entre EXPs e NEXPs em termos de gênero, renda, estado civil, religião e religiosidade. No entanto, verificou-se que EXPs crêem significantemente mais em percepção extra-sensorial, psicocinesia, reencarnação, vida após a morte e práticas alternativas. EXPs indicaram que suas experiências psi afetaram suas atitudes, crenças e tomadas de decisão. Tal influência está significativamente relacionada à atribuição de causalidade feita para as experiências psi vivenciadas. As atribuições de causalidade são coerentes com a crença, adesão ou postura religiosa dos EXPs. Quanto aos níveis de BES, os EXPs pontuaram mais no fator afetos negativos, o que sugere que EXPs têm um nível de BES mais baixo que os NEXPs. Os dados foram discutidos em detalhes enfatizando-se a complexidade de suas associações e correlações. Os resultados não são conclusivos, mas apontam tendências que deverão ser exploradas de forma mais aprofundada em próximos estudos.