Insegurança alimentar e nutricional domiciliar de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família no município de Ribeirão Preto, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Motozo, Vanessa Patrícia Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-19082020-224803/
Resumo: A Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) consiste na preocupação perante a incerteza da disponibilidade do alimento, na convivência com a fome ou na ingestão de uma dieta com baixa qualidade nutricional, insuficiente para suprir as necessidades básicas do indivíduo. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família segundo a condição de Insegurança Alimentar e Nutricional no Distrito Sanitário Oeste do município de Ribeirão Preto, São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo do tipo inquérito realizado através da aplicação de entrevista com 246 titulares do Programa Bolsa Família para coleta de variáveis socioeconômicas, demográficas e IAN diagnosticada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Também foram coletados peso corporal (atual) e altura (atual) dos titulares e 206 crianças menores de sete anos de idade para caracterização do estado nutricional, o qual foi determinado pelos índices estatura para idade, peso para idade, peso para estatura e índice de massa corporal para idade (OMS, 2006, 2007). Identificou-se que a condição de IAN atingia 94,3% das famílias, destas 27,6% apresentavam IAN moderada e 25,6% IAN grave. A partir da análise socioeconômica e demográfica, observou-se predomínio de titulares do sexo feminino (97,6%), cor/raça parda (54,9%), baixa escolaridade (53,3%), com companheiro (a) (52%) e desempregados (64,6%). Verificou-se maior proporção de famílias beneficiarias pertencentes ao estrato social intermediário (54%), com recebimento mensal de até 2 salários mínimo (95%), residentes em casa própria (62,6%) com até 4 moradores (61,4%) e com crianças menores de 7 anos (57,7%). Quanto às famílias, 60,4% recebem o benefício há mais de 48 meses, 74,3% recebem duzentos reais ou menos e 70,7% utilizam a maior proporção para aquisição de alimentos. Em relação ao estado nutricional, o excesso de peso foi verificado em 73,6% dos titulares e 25,5% das crianças. Diante os resultados encontrados, urge a necessidade de estratégias de promoção de Educação Alimentar e Nutricional direcionada a essa população.